01 abril 2008

Descobertas

imagem daqui

Aprende-se muito em jantares de múltiplas. Para além de se discutir a situação actual do país e formas de mudar o mundo, partilham-se outras coisas fundamentais para a identidade e a autoestima feminina. Num dos últimos jantares, já não sei como nem porquê, veio à baila o tema dos lábios vaginais e de como descobrimos que somos todas iguais e todas diferentes.

Uma das múltiplas contava que quando tinha 14 anos se pôs a explorar com uma amiga os lábios vaginais uma da outra e foi assim que descobriu que cada uma os tinha diferentes. Outra múltipla fez a mesma descoberta uns anos mais tarde ao assistir a um show de striptease no Casino do Estoril, onde comprovou que a sexualidade se pode aprender nos sítios mais inusitados. Ainda outra múltipla, teve de conviver durante a sua adolescência com o estigma dos lábios grandes, pois a senhora sua mãe, que na altura não ia a jantares de gajas, levou-a ao médico por causa deste “problema”, e o médico, que não devia saber o que era uma gaja, disse-lhe que o “problema” se devia a masturbação excessiva, pois quando lhe perguntou se ela se masturbava, a infeliz, que tinha passado toda a infância num colégio de freiras, depois de muito pensar em que raio quereria dizer masturbação, lá associou a palavra a menstruação e respondeu que sim, pelo menos uma vez por mês durante 5 dias. Coitada, para além de se sentir disforme ainda teve de suportar a fama sem ter o proveito.

Mas ficámos também a saber que tudo tem solução; quando uma mulher se sente mal com os seus lábios vaginais não há nada como pedir ao banco um empréstimo para as obras da casa, pois reformas são reformas! Pinta-se a casa, muda-se a cozinha e aproveita-se para fazer a cirurgia labial. Como já se disse umas postas mais abaixo, una es más autentica cuanto más se parece a lo que ha soñado de si misma!

6 comentários:

zamot disse...

Bela foto...
Arrojado, só tanto como o post, cá vai:
Quando me dá para aí consigo decifrar o tipo de vagina observando a cara da sua dona...

Anónimo disse...

Um dia destes no bar do ISCTE bebia o meu canónico sumo de maçã enquanto mirava essa magnífica manifestação de divindade que encarnou no corpo da Vera sob a forma de abundantes seios. Ali estava eu mais os meus parceiros de lanche a contemplar a divina obra quando a minha colega Ana se indignou com tanta dedicação visual. Olhei para a Ana sentada à minha frente e talvez ainda tonto com a visão da Vera perguntei "achas mesmo que perdes na comparação?". Acho que corei. Ela reparou e sorriu.
A Ana tem uns seios de rola. Se os seios da Vera são o Universo em explosão, os seios da Ana são o Universo em calmaria. As duas faces do Universo.

Anónimo disse...

quem é como quem diz "o que vem à rede é peixe"...

é assim mesmo, isto dá para todas, tenham calma...

8 e coisa 9 e tal disse...

zamonaitav, essa nunca me tinha passado pela cabeça, acho que já não vou ser capaz de olhar para um homem sem pensar: será dos de pila pequena, mediana ou grande (blarghhh)?, será monotesticulo ou tresticulo? :)

manyfaces, tanto o universo como os seios das mulheres não têm só duas faces, é como os lábios vaginais, são todos diferentes todos iguais. Mas compreendi a analogia, e assim tanto a Ana como a Vera ficaram contentes e com a autoestima no seu lugar

JPN disse...

e eu também me "menstruei" muitas vezes a ver se me crescia a pila mas nada, só mesmo os bicepes dos braços, o que confesso, aumentou muito mais a minha estima de gajo do que o tamanho da dita.

Gamadinho disse...

Olhando a beleza nua de uma mulher,
Busquei excitado este verso escrever,
Inspirado na nudez numa cama exposta,
Pensei aqui comentar pra quem gosta.

E aposta ser o melhor poeta,
Capaz de se inspirar como eu,
Olhando a perseguida cabeluda,
A fruta que acredito não comeu.

A maçã proibida, comida,
Pela Eva oferecida um pedaço pro Adão,
Que comeu após comer se viu peladão,
Nos condenando ao pecado por toda vida.

O Adão provou a maçã,
Como todo homem da fruta gostou,
Aponto de viver um grande amor,
Que como o mundo ficou fã.

Inspirado na minha vizinha,
Que sem se intimidar,
Foi capaz de se exibir,
Sem ocultar do meu olhar.

Diante da sua beleza nua,
Pude nela me inspirar,
Aponto de me sentir excitado,
Apaixonado sem nela tocar.

Do poeta: Paulo de Andrade