Ela: Sonhei que estava apaixonada e ainda não consegui esquecer o sonho. Já bebi dois cafés e nada, ainda tenho o sonho colado à pele, imagens estranhas que não desaparecem. E o que é mais estranho é que conheço a pessoa por quem estive apaixonada durante a noite, amigo de um amigo meu de quem nem sei o nome.
Outra ela: Isso também já aconteceu comigo, nem com o café duplo deixei de me sentir a mulher mais infiel do mundo. Esses sonhos mexem connosco, obrigam-nos a reconhecer a vontade de estar dramaticamente apaixonada.
Ela: A verdade é que não estou a conseguir desligar-me do sonho. Talvez esta seja uma infidelidade consentida, se continuar no sonho durante o dia posso apaziguar a saudade da paixão sem cruzar nenhuma linha proibida.
Outra ela: Bebe mais um café, pode ser que ajude. E não te esqueças que estar apaixonada é muito bom mas também é terrível, sofre-se desmesuradamente, fica-se impossibilitada de fazer qualquer coisa que não seja viver ou pensar o amor. A paixão é incompatível com a vida, mas a falta dela também. Estamos sempre fodidas dê por onde der.
6 comentários:
paixão= sofrimento,já se sabe, a origem do nome não deixa muita margem para dúvidas.
o mais lixado vai ser olhar para o rapaz e pensar porque raio ele, descobrir nos seus traços o motivo do sonho. Ou não. (professando o credo segundo bagão félix)
pois 'tamos.
O mais lixado é ter sonhos destes, disse ela, porque nos levam a reconhecer o óbvio.
A parte divertida, no baile da dona ester, é olhar para o improvavel rapaz e tentar perceber por que são tão insondáveis os caminhos das sinapses nocturnas.
Querida no baile,
Veja se consegue saber através do amigo se o tal rapaz não terá sonhado cousa entranha na noite do seu sucedido. Quem sabe?
Um seu austeriano intermitente,
D.
será que o dorean é austeriano ou austeniano? - a diferença que uma consoante pode fazer.
"If SEX is such a natural thing, how come there are so many books on IT?" - Bette Midler
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