30 abril 2008
Ribautas
Mayday
A minha teoria
Há quase um ano, foi aqui feita uma incursão sobre os nomes próprios e a sua variação ao longo dos tempos. A razão pela qual os nomes ditos tradicionais estão de volta com uma disseminação de proporções verdadeiramente tsunamicas/irritantes e para que todos os Zés dos subúrbios não tradicionalmente chiques tenham filhas chamadas Matilde (e até pretendem tratá-las na 3.ª pessoa do singular, independentemente de tudo o resto) é simples. São as telenovelas da TVI!
Reparem: Foi nos anos 90 que começou a invasão dos nomes bafientos. E foi na TVI, nos anos 90, que a produção nacional deste género começou em força, com enredos sempre passados em clima de média/alta alta sociedade, tudo cheio de quintas e herdades, onde os meninos/as se apaixonam pelas sopeiras e pelos moços de estrebaria e acaba sempre tudo em tons de cor-de-rosa porque, afinal, o que conta é o amor e tal. Ora, as personagem são sempre Martins e Matildes e, vai daí, pimba, a nova geração é toda de Martins e Matildes. Lógico, não?
Para ser justa, também tenho de reconhecer que as Caras, Flash, Marias e TV Guias e afins também ajudam porque todas as crianças derivadas de famosos (independentemente de isso ser uma realidade ou uma produção fictícia) também são Martins ou Matildes (via TVI, claro!).
Quanto ao tratar os filhos por tu ou por você: por uns poucos que sabem porque o fazem, tantos outros apenas imitam e é nestes tantos casos em que tudo aquilo soa de maneira estranha. Juntamente porque é estranho (mais um exercício notável de lógica).
PS: Nunca tive colegas com nomes tão extraordinários como Fabíola Gisela ou Sandra Lafaiete, mas adoro esta: no Brasil há um operador de câmara dá pelo belo nome de José Microondas!
Este país não é para....
" eu não sou especialista e por isso não posso afirmar, mas tenho a certeza absoluta que (...)" .
Não sei o que pensar sobre mim
março 2001 (parte 2)
março 2001 (parte 1)
29 abril 2008
E mais um, e mais outro e ainda outro. E outro ainda (actualizado)
Aquele abraço à Sem-se-ver e à Cocó na fralda. E ainda à Miss-detective. E agora também à A Pipoca mais doce. Saravah!
Até o contador já se mexeu hoje!
28 abril 2008
Mais um blog
obrigada ao Aspirina B.
O contador é que não se tem mexido muito estes dias, será chuva, será vento ou avarias da Caixa Geral de Depósitos?
Entrámos hoje na última semana de campanha, que fechará oficialmente no próximo dia 4.
Até lá quem possa e quem queira faça mexer o contador!!
Composição musical com pauta
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Nota: Infelizmente os meios técnicos não permitiram gravar a música, assim sendo fica só a pauta.
Novembro de 2000
Para a minha múltipla, com amor
setembro de 2000 (parte 2)
27 abril 2008
setembro de 2000 (parte 1)
Aprender a voar
É agora ou nunca, já consegui deixar de fumar vou começar a ser uma fada do lar. Vamos lá ver por onde começar:
Lição nº 1: ter sempre o lava-loiças a brilhar.
Isto não vai ser fácil, penso eu. You can do it, repete-me ela. A ver vamos, diz o cego.
26 abril 2008
ainda em agosto de 2000
Ultimas noticias deste país onde a mais prodigiosa imaginação fica a léguas de distância do real: uma equipa de cientistas da Universidade nacional de Antioquia, que tinham ido para umas veredas catalogar a fauna e a flora da zona estão desaparecidos desde 4ª feira. Nada mais nada menos que 26 investigadores e investigadoras (vamos a não esquecer a equidade de género). Duas hipóteses se apresentam, a primeira e mais banal: será este (mais um) caso de sequestro colectivo? Ou, segunda, ter-se-ão deparado com alguma fantástica e desconhecida planta carnívora, desconhecida até à presente data? Aqui tudo é possível.
A minha companheira Isabel acompanha estes momentos com uma linda canção, pondo o seu ar mais cândido:
Yo soy rebelde
Por que el mundo me ha hecho así
Porque nadie me ha dado nunca amor
Y porque nadie me ha querido nunca oír
Esta agora é o nosso hino. Estamos a afiná-lo e a prepará-lo muito bem, para se tivermos encontros imediatos de terceiro grau, mostrarmos que compreendemos e bem as realidades sociais e emocionais do povo armado. E agora vou trabalhar que tenho de preparar uma comunicação para um seminário na Policia.
15 de Agosto
O seminário da Policia correu bem mas a minha faceta de maria pingona revelou-se uma vez mais. Estavam os policias a cantar o Hino da abnegação (aqui cantam-se todos os hinos no inicio e no final das cerimónias: hino nacional, regional, municipal e se estivermos em coisas organizadas pela policia ou pelo exército, hino de um ou do outro) e então, dizia eu, estavam os policias a cantar o hino da abnegação, que fala do sacrifício que fazem os policias pela sua pátria, do amor que lhe têm, etc, e eu a apertar muito as mãos, para que não se me soltasse a lágrima. À falta de telenovelas, é o que se arranja. Mas já agora, acrescente-se que os policias são um dos grupos mais sacrificados, quer em termos de ataques, quer em termos de sequestros. E quantas vezes já não ouvimos a policia a justificar-se que teve que abandonar uma população porque os guerrilheiros eram muitos e eles poucos e são um dos primeiros alvos! Aliás, aqui é do senso comum que as casas ao lado de esquadras das policia são as mais desvalorizadas e devem ser evitadas, porque a probabilidade de atentados eleva-se exponencialmente. Mas fiquem tranquilos que as esquadras da policia quer em Apartadó quer em Bogotá ficam muito longe dos sítios por onde eu me movo (olhó nariz a crescer...).
Ah, a propósito (de quê?), parece que vão soltar os 26 investigadores. Tinham sido capturados pelo ELN, que afirmaram que desconheciam o que eles estavam ali a fazer e, agora que se esclareceu tudo e se identificaram os ilustres cientistas, a libertação promete ser para breve.
Vou terminar por aqui, pois o tempo anda escasso, prometo em breve mais noticias com um pouco mais de tranquilidade. Muitos, muitos beijos e escrevam-me, apesar de eu agora não ter tempo para escrever. É tão bom receber cartas...
Ainda Abril
É na rua que vai acontecer
É na rua
que vai acontecer
dançando nua
ao amanhecer
Com a liberdade
e o sol a brilhar
a minha cidade
vai então cantar
E a lua
de noite já vai ver
na minha rua
um fogo a arder
e a minha gente
de braços no ar
a bailar contente
comigo a cantar
O tirano
foi enfim apeado
nem mais um ano
será tolerado
O poder do povo
está no meio da rua
é um mundo novo
e a cidade é tua!
É na rua
que vai acontecer.
Sem título
25 abril 2008
9 de agosto de 2000
PUFFF. Vruuumm. Aterrizagem em Bogotá. Agora já conheço os truques todos do aeroporto, já sei que táxis devo apanhar, apenas os que se pedem no aeroporto, não vá o diabo tecê-las, pois o gajo aqui é um tecelão de primeira.
PUFF PUFF.
Apartadó, começa o trabalho que isto um mês de ausência aqui é equivalente a três décadas da mais intensa história, há que actualizar. O nó na garganta começa a crescer. Os confrontos agudizam-se, mais e mais. Destruem casas, pontes, igrejas, estradas, torres eléctricas, vidas. Começam, para mim claro, porque aqui a história há muito tempo que já começou, a surgir grupos que se dizem apoiantes de uma ou outra guerrilha, mas que ninguém sabe ao certo se o são. Um deles, Exército de Libertação Guevarista (deste nunca tinha ouvido falar) raptou um francês dos Médicos Sem Fronteiras, pois como a Franca está na Presidência da União Europeia dizem que é uma forma de pressionar a Europa para que esta assuma uma posição mais forte sobre os atentados aos Direitos Humanos. É paradoxal, no mínimo!.
Continuamos com o circo: um comerciante foi raptado duas vezes: tinha sido raptado pelas FARC e, precisamente no dia acordado para a sua libertação, zucas, veio outro grupo, ELN, e rapta-o outra vez. Pobre senhor, confirma-se o ditado que até ao lavar dos cestos ainda é vindima.
Mas do outro lado continua a resistência em todas as suas frentes. Os lideres activistas do Direitos Humanos seguem com o seu trabalho apesar das imensas baixas (são um dos grupos mais visados, junto com os jornalistas), as ONG´s continuam com o seu apoio de assistência humanitária e de restabelecimento económico. E as comunidades de desplazados enterram os seus mortos e seguem o seu caminho que não se sabe onde vai dar. Outro dia vi um cartaz de um grupo de crianças desplazadas que dizia ”Esta guerra não é nossa e estamos a perde-la”. Também estas crianças já estão a aprender a organizar-se para poderem ter mais força na sua luta pela paz, que apesar de não saberem o que é pois ainda não a conheceram neste país em guerra há mais de 40 anos, sabem pelo menos que é a antítese da guerra, ou seja, o perder o medo a que venham de noite e que lhes levem os pais, ou que as obriguem a mudar mais uma vez de sitio de vida, ou que as recrutem para uma guerra que não querem. FONEX. Jacpot neurótico toda esta cena.
Finais de fevereiro de 2000
24 abril 2008
Automarketing
Em primeiro lugar, precisamos de entender e aceitar que assim é.
Depois, convém que o que comprámos e pagámos a peso de ouro seja de excelente qualidade, senão sentimo-nos enganadas.
Eu acabo de constatar que nestes ultimos anos andei a comprar peças dos ciganos a preços de 5a Avenida.
Que grande merda!
Ena ena
Um grande abraço aos blogs:
Câmara Clara
Cibertúlia
E Deus Criou A Mulher
Respirar o mesmo ar
Continuem a apoiar e a divulgar, falta pouco para a nossa múltipla poder partir!
Cirurgia
algures a meio de Fevereiro de 2000
Uma das coisas que mais me está a fascinar aqui, para além de toda esta natureza imensa, presente em todas as partes e serena apesar de tudo, é a força e a vontade com que as pessoas trabalham no meio deste estado de guerra constante. A vontade que têm as organizações e as pessoas em geral para fazer sair as suas coisas boas e encontrarem uma alternativa para a violência que as persegue é muito reconfortante e é também uma motivação para o trabalho humanitário, o de poder ajudar a população civil que vive no meio de todo este conflito. Todas as pessoas que tenho conhecido tem experiências terríveis, vividas mais ou menos proximamente, e mesmo assim todo o seu trabalho é dirigido aos outros e para o bem de um país e das suas pessoas, de um país que nunca se sabe quando vai poder viver em paz.
23 abril 2008
26 de Janeiro de 2000
Ontem fui a um cinema girissimo, o Cinema Paraiso, ver um filme dinamarquês que já passou aí, “la celebración”. Mas a graça do cinema é que tinha umas poltronas muito confortáveis, com umas mesinhas à frente e serviço de bar dentro do cinema e antes do filme passavam documentários sobre grupos musicais. Nesse dia não tive muita sorte pois o documentário era do Boceli, mas de qualquer maneira foi divertido estar no cinema como se estivesse num bar, com serviço à mesa e tudo. A meio do filme houve um apagón de luzes durante dois minutos como protesto contra os atentados da guerrilha, que deixaram Medellin com a energia racionada até hoje. Por aqui os ataques e confrontos entre guerrilhas, exército e paramilitares não param, cada vez aumentam mais os desplazados, mas é sempre possível diminuir o sofrimento das pessoas. Dentro em pouco já poderei contar-vos mais sobre isto pois a experiência de terreno vai ser muito importante. Por enquanto ainda estou um bocado aos papéis, como diz o povo.
Mas o ponto alto da festa foi que depois houve uma pequena apresentação de crianças desplazadas onde, para além de cantarem canções compostas por elas ou tradicionais, apresentaram também uma série de denúncias e de propostas pensadas por elas. E vocês acreditam que o raio dos putos, com 10, 12 anos de idade falavam com uma desenvoltura tão grande, que tomara eu? Para além de parecerem ligados à corrente e ao dicionário, de terem um manejo do discurso invejável, sabiam muito mais de direitos humanos do que eu! Enfim, há muito que aprender aqui…
10 de Janeiro de 2000
Da parte das decolagens confesso que não me lembro muito bem, pois adormeci das duas vezes que entrei no avião (em Lisboa e em Madrid) inchadissima de tanto chorar, mas enfim, nem sempre se pode estar bela e airosa. No avião para Bogotá vim ao lado de um italiano de 48 anos, simpatiquíssimo, um rockeiro todo vestido de preto e com um grande rabo de cavalo nos seus cabelos brancos, que administra cá uma fazenda de café. Era muito engraçado e simpático e para além da fazenda tinha também uma escola para os filhos dos agricultores e fazia muito trabalho social.
(...) Logo no dia a seguir fui jantar com algum pessoal do acnur e amigos deles e depois fomos todos para casa de um deles “bailar”. Soltou-se-me a louca e pela primeira vez atinei com o ritmo da salsa e dancei até de madrugada (lembram-se de eu dizer que durante um ano não ia tocar em charros? Esqueçam, era erva e da boa...)
da cidade
Bogotá é uma cidade linda, linda, linda, nada como eu tinha imaginado, podia ser uma cidade europeia (etnocentrismos à parte), está bem urbanizada, tem jardins, muitas árvores e do lado oriental está cercada por umas montanhas enormes e lindas, poderosas. Mas é enorme, tem 7 milhões de habitantes...
da Colômbia
Com o tempo contarei mais, ainda estou a tentar captar as coisas, é tudo muito novo para mim, as pessoas parecem ser muito politizadas, muito conscientes da realidade social e política do país, mas ainda é muita informação por minuto e assim que parece que começo a perceber alguma coisa, aparece logo de seguida uma contra informação, é tudo muito complexo...
Com a distância do tempo, percebi que Bogotá de facto não tem nada a ver com uma cidade europeia, pois só uma pequena parte tem edifícios de outros séculos (o Bairro da Candelária) e o mais antigo é do século XVIII. Apesar de ter sido fundada no século XVI, não ficaram muitos vestigios dessa época. Às vezes, os meus amigos levavam-me a visitar monumentos que para eles era muito antigos e eu ficava espantadissima por serem dos anos 50, para mim isso era super recente! A noção do “antigo” é muito diferente cá e lá.
A partida
22 abril 2008
A primeira pedra foi lançada
5, 10, 20, 100, 1000, o que quiserem e puderem para levar a 7 e picos à Colômbia!
Movimento cívico - Leve a sete à Colômbia
21 abril 2008
Tenho uma dúvida que me persegue desde há uma hora, se alguém souber por favor responda
20 abril 2008
du iu spik inglish?
Viva l'Italia
Zango-me, indigno-me, pergunto-me porque é que as pessoas se demitem de participar na vida pública, cívica ou política, em Itália. Porque é que se desinteressam de tal forma que permitem que Berlusconi tenha de novo subido ao poder.
Porque é que os italianos acham que não merecem melhor?
Vem-me à cabeça a música de Di Gregori. Acredito que ainda haja uma Itália que mantém os olhos abertos durante a noite triste, uma Itália que resiste. Até quando, por quem?
Viva l'Italia, l'Italia liberata,
l'Italia del valzer, l'Italia del caffè.
L'Italia derubata e colpita al cuore,
viva l'Italia, l'Italia che non muore.
Viva l'Italia, presa a tradimento,
l'Italia assassinata dai giornali e dal cemento,
l'Italia con gli occhi asciutti nella notte scura,
viva l'Italia, l'Italia che non ha paura.
Viva l'Italia, l'Italia che è in mezzo al mare,
l'Italia dimenticata e l'Italia da dimenticare,
l'Italia metà giardino e metà galera,
viva l'Italia, l'Italia tutta intera.
Viva l'Italia, l'Italia che lavora,
l'Italia che si dispera, l'Italia che si innamora,
l'Italia metà dovere e metà fortuna,
viva l'Italia, l'Italia sulla luna.
Viva l'Italia, l'Italia del 12 dicembre,
l'Italia con le bandiere, l'Italia nuda come sempre,
l'Italia con gli occhi aperti nella notte triste,
viva l'Italia, l'Italia che resiste.
Francesco di Gregori, Viva l'Italia, 1979
Beppe Grillo é um dos poucos que não desiste. No seu blog continua a denunciar a falta de liberdade de expressão na comunicação social, a quantia que o Estado gasta em subsídios à imprensa, o número de deputados eleitos com condenações judiciais, e a anunciar as suas actividades - entre as quais o V2 - vafancullo day 2. Que já aqui tínhamos referido. Aqui podemos ver alguns dos motivos pelos quais no próximo 25 de Abril os italianos vão sair à rua. Para além do anão, claro.
18 abril 2008
Roubar: às vezes é bom
Alexandre Borges, no Sinusite Crónica.
Não sei se é de andar a dormir pouco
Bons motivos
Tiro no escuro
17 abril 2008
Castigos
14 abril 2008
O que Berlusconi faz a uma família
Mana, já estamos a fazer as malas e a abandonar os animais em áreas de serviço na autoestrada, burros incluídos.
É caso para dizer, estes italianos são loucos. Berlusco OUTRA VEZ?!
Sugestão de género
Quando os filhos precisam ir à casa de banho em sítios públicos
- Mãe/filha ou Pai/filho: mesma casa de banho. Ok.
- Pai/filha: dificuldade técnica. Ele não pode ir à das senhoras e ela não deve ver pilinhas penduradas nos urinóis. Solução: casa de banho dos deficientes.
- Mãe/filho: tudo bem até que ele se recusa a ir à das senhoras e ela tem de ficar à espera cá fora, a gritar lá para dentro: “está tudo bem?”. Ela não aguenta a incerteza de não poder garantir que ninguém o importuna ou o olha de maneira imprópria. Solução: casa de banho dos deficientes.
Quanto os pais precisam ir à casa de banho em sítios públicos
E as crianças estão no carrinho ou a querer correr por todo o lado, é uma dificuldade técnica acrescida: elas não cabem lá dentro e não se pode fechar a porta e deixá-las sozinhas cá fora. Estar de porta aberta, o mais das vezes de frente para espelhos gigantes, colocados em todo o comprimento da parede, e a gritar “anda cá, não vás para longe e NÃO faças isso” ou "bilubilu, bébé lindo" também é, digamos, aborrecido. Solução: casa de banho dos deficientes.
Como não acho justo que os cidadãos com mobilidade reduzida tenham de aturar os pais e os filhos dos outros (que, muitas vezes, demoram uma eternidade para fazer um mini chichi ou então a solução é mesmo mudar de roupa) sugiro um terceiro género: WC para progenitores em apuros.
Recuerdo
Poema para uma segunda-feira
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Morre lentamente...
12 abril 2008
maldita ortodontia
Relógio biológico
Não limpes a boca à camisola, é com o guardanapo.
Arruma os teus brinquedos.
Não se bate.
Deves partilhar os teus brinquedos com os outros meninos.
Não se grita, senão ficamos todos surdos.
Falta o “se faz favor”.
Não importa que queiras continuar a brincar é hora de ir para a cama.
Diz obrigada à senhora.
Não sejas malcriada.
Mas porque é têm que querer brincar as duas com o mesmo brinquedo? É uma vez uma outra vez outra.
11 abril 2008
10 abril 2008
O profeta
Gloria
09 abril 2008
Vou
Vou escrever escrever escrever até esta angústia me passar, vai-te embora melga, vai para a tua rua, vai para o raioquetaparta vai para o diabo que te carregue.
Vou escrever, escrever, escrever até que por fim o meu lugar no mundo hei-de encontrar e hei-de plantar àrvores e construir uma casa grande, grande e hei-de juntar muita gente que quer ser feliz e hei-de espalhar flores e pássaros por toda a cidade e hei-de escrever, escrever, escrever até as minhas penas secar.
Vou escrever, vou esc, vou ver, vou er, vou!
08 abril 2008
Ainda a brincar
07 abril 2008
Pois é,
E agora?
Da importância do minete
Por isso minhas amigas e meus amigos, abram bem os vossos olhos e a vossa mente para o seguinte: o homem que não sabe que o minete é um meio fundamental para o prazer da mulher, que desconhece ou que não explora as suas múltiplas técnicas, ou que não pede ajuda à mulher para que esta lhe diga como gosta mais que o faça, está condenado à lista negra dos maus amantes e olhem que uma vez entrado nesta lista é muito difícil sair.