14 abril 2008

Recuerdo

Não me sai da cabeça a imagem dos lençóis. Aqueles do hotel onde ficamos daquela vez. Revoltos, quentes, cheirando a nós, tresandado a sexo, ao lado da mesinha de cabeceira com o guia da cidade a que nunca chegamos. Ainda sei a altura do teu peito e sinto os teus abraços. Ou o cheiro do teu perfume que chegava com o vapor da casa de banho. E aquela sensação de felicidade que me saía do coração e apertava o estômago, adormecendo as pernas. Fizeste-me feliz. Se me tivesses levado contigo, tinhas estragado tudo.

5 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

Ah, então a felicidade é 'isso'...

fácil; embora ocasional.

D. Ester disse...

para além de esta não me parecer assim tão fácil, a dúvida que me assalta é: ele há-as perenes?

foi dançar a bossa nova disse...

hipóteses múltiplas que me assaltam:
os homens são uns broncos e acabam por estragar tudo;
as mulheres são umas maniacas que acabam por não apreciar nada;
o melhor da festa (também) é esperar por ela e planeá-la (a um ou a dois);
a imaginação também traz felicidade;
a felicidade pode ser um produto da imaginação;
a realidade é sempre diferente do que se deseja que seja;
somos todos pessoas esquzofrénicas (esta agora foi uma inclusão à borla!).

Em todo o caso, não me parece que hajam felicidades perenes mas memórias perenes de momentos de felicidade.

8 e coisa 9 e tal disse...

All of the above. Acho.

MiSs Detective disse...

porque a vida é feita de momentos.