Responde o senhor enfermeiro à pergunta braço direito/braço esquerdo. “Aonde?!?!” “Tem tempo, tem tempo”, diz solícito quando vê os meus olhos a saírem da sua órbita regular, mas menos de 1 segundo depois: “Vamos?”
Lá me virei. “Pelo menos…” Palmadinha para espetar a agulha “…estou de saias”, filosofo, “que isto de calças pela canela seria um todo nada mais estranho.” Espeta “E até foi rápido...” Pressiona “…ui…desde que liguei ao Saúde 24…” Abana para dissolver o monte deixado pela agulha gigante “…só passou 1.30h e já fui à médica e…” “Já está.” “Muito obrigado.”
Faço uma saída digna, ligeiramente atrapalhada pela minha rapidez expedita a embrulhar-se na cortina divisória. Há algo em mim que não quer ficar mais tempo com o homem que acaba de me ver o rabo, espetá-lo e marcá-lo com um inocente X a adesivo e algodão...
1 comentário:
foi impressão minha ou apareceu por aqui uma posta dedicada ao Vasco Granja, esse personagem fundamental nas tardes da minha infância?
(blethaze, diz o guichet da verificação, deve querer significar algo em checo)
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