03 maio 2009

um sábado qualquer

Hoje parece verão, está boa a noite. Tenho a janela aberta enquanto escrevo estas linhas e entra-me um fresquinho suave que ajudar a disseminar o fumo dos cigarros que ainda não consigo deixar de fumar, junto com o som das buzinas e os gritos cantados da vitória do barça para o campeonato ou a final, ou uma coisa desse género mesmo muito importante para a adrenalina de grande parte desta cidade. À tarde fomos à fundação joan miró ver uma exposição sobre o processo de morte, da doença, das despedidas dos outros e de nós mesmos, uma exposição muito bela e impactante ao mesmo tempo, depois vimos um teatro infantil com uma riqueza de estratégias artísticas inversamente proporcional os seus poucos meios e regressámos a casa caminhando lentamente pelas ruas desta cidade inundada em cada esquina pela emoção do futebol, vibrámos com os golos, bebemos uma cerveja sentados numa esplanada, jogámos aos sustos da criança que diz buuu visivelmente escondida e chegámos serenos a casa, com a alegria da vida que caminha de mãos dadas com a tristeza da morte que nos rodeia.

Sem comentários: