29 setembro 2006

O problema é meu?

Hoje de manhã na rádio uma jornalista falava de uma conferência sobre ligação entre comida e sexo a que tinha ido ontem. Parece que a palestra era sobre as pessoas comerem da mesma forma que fazem sexo, e que se olhassemos para a maneira como se come por exemplo a sobremesa, se ficava a saber tudo sobre os potenciais eróticos do objecto de observação.
O paralelismo perdeu a sua sustentabilidade quando a jornalista (?) afirmou peremptória, consoante o que tinha ouvido da boca da doutora que a fez, "como todos sabemos, passamos tanto tempo a comer como a fazer sexo, portanto a ligação é óbvia". Quando o apresentador do programa lhe lembrou "não me parece que seja bem assim", ela ripostou num tom pespineta "isso diz muito sobre a nossa vida sexual, não é?" dando a entender que somos uns capitalistas da caloria, e que devíamos equilibrar a equação.
Olhe, cara senhora, o que me parece é que se há alguém que passa tanto tempo a fazer sexo como a comer é porque faz disso a sua labuta, que eu não conheço ninguém que tenha vontade e tempo para fazer amor pelo menos 3 vezes por dia, 365 dias por ano. Mas se calhar não tenho os amigos certos.

5 comentários:

Anónimo disse...

No que toca ao sexo não se olha a calorias !!

Anónimo disse...

subscrevo as palavras d'o chofer a dançar com a criada. E é das melhores receitas para à pele.

8 e coisa 9 e tal disse...

pirata, de manhã sou uma verdadeira atrasada mental. Acendo a rádio no carro, fica na estação que estiver a dar a música mais gira e vou pensando nos meus assuntos. Por acaso hoje ouvi palavreado, que é coisa que costumo evitar.

gente igual a mim, mas que eu aceito como se fossem mais (in)formadas não entendi. Não costumo julgar as pessoas pelas habilitações académicas (nem pela positiva nem pela negativa), e há gente mais informada que eu nas mais diversas áreas. Esta rapariga/jornalista/whatever decididamente sabe mais do que eu no que diz respeito à dita palestra pelo simples facto de que a ouviu e eu não.

Quanto à teoria "diz-me como comes, dir-te-ei como fodes" é-me tão fundamental como a influência dos raios gama no crescimento das margaridas.

Chofer e matraca, não podíamos estar mais de acordo. A questão é que, infelizmente, não o faço 3-6 vezes por dia todos os dias do ano. Isso deve explicar a borbulha do queixo, habilmente disfarçada pelo decote...

Miau disse...

Talvez houvesse mais gente feliz se o sexo fosse olhado como a alimentação... ou seja uma necessidade física mas também espiritual. Algo essencial ao brilho da pele e do cabelo, algo que nos faz sorrir e ter calafrios na espinha quando o recordamos, nutrição pura para o corpo e a alma. Ainda bem que ouviu a tal rádio... sempre me pude deliciar com este post! Boa!

Anónimo disse...

eu cá entre comer tres vezes ao dia e namorar tres vezes ao dia, escolheria a primeira, mas sem hesitar. Sou mesmo "capitalista da caloria"! :) Ainda bem que tinhas tomado café antes de entrar no carro nesse dia...