02 outubro 2006

Amor destilado

Sei que te envergonho com os meus passos incertos e a minha voz lenta, sei que não compreendes por que me afundo e me transformo neste outro homem que tu não amas, que tu não queres, que tu odeias. Mas o que não sabes, porque nunca to disse, é que todos os dias sigo com escrúpulo de farmacêutico a receita para sobreviver ao meu amor por ti. Com o primeiro copo vai desaparecendo a tua vida no mundo, com o segundo dissolvo todo o cortejo do passado que me assalta desde que te conheci, até te descobrir no torpor destilado onde és só minha.

3 comentários:

dizia ela baixinho disse...

Je Bois

Je bois sistematiquement pour oublier
Les amis de ma femme
Je bois sistematiquement pour oublier
Tous mes emmerdements
Je bois n'importe quell jaja pourvu qu'il
Aie ses douze degrès cinq
Je bois la pire des vinasses
C'est degueulasse mais ça fait passer le temps.

La vie est tel tellement marrante
La vie est tel tellement vivante
Je pose ces deux questions
L'amour vaut-il qu'on soit cocu
Je pose ces deux questions
Auxquelles personne ne reponds.

Et je bois sistematiquement pour oublier
Le prochain jour tu terme
Je bois sistematiquement pour oublier
Que je n'ai plus vingt ans
Je bois dès que j'ai des loisirs pour être soul
Pour ne plus voir ma gueule
Je bois sans y prendre plaisir
Pour pas me dire qu'il faudrait-en finir.

(Boris Vian e Alain Goraguer)

p.s. desculpa aí múltipla a extensao do comment, o teu texto está lindo. parabéns.

Anónimo disse...

Temos uma prosaica poetisa aqui dentro. Ora toma.

(para n haver mal entendidos, o prosaico refere-se a prosa)

Anónimo disse...

eu diria mais, uma alma de poeta que escreve lindamente prosa