11 outubro 2006

contando contos, ponto por ponto...

"Anda, vem-me, sê cabra cabrês, salta-me em cima e faz-me em três; trepa, joão, o meu pé-de-feijão; chega-te à janela, queres casar comigo? e eu mergulho contigo no caldeirão. Lambo-te as botas, gato emproado, amo-te para onde quer que me leves: eu, bela curiosa, formosa e segura, no castelo do monstro, no chão da casa feita de massapão, no emaranho do bosque, ou pelos céus de Londres a caminho do nunca (e não digas que não queres, que se te cresce o nariz). Escondo-me o cio por detrás do capuz e finjo ignorar-te, lobo esfaimado, ao cruzar a floresta, ao cruzar-me contigo..."

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13 comentários:

Anónimo disse...

- "Mas porque é que estás nervoso ?", ouço no meio do ruído do café.
- "Porquê ?", apenas consigo dizer isto. Estou petrificado, bloqueado, a tentar segurar as palavras que me caem das mãos, as palavras que te queria oferecer.
- "E porque não ? Porque é que não deveria estar ?", atiro assim de repente, para me evadir. Começo a arranjar coragem para te dizer e o golpe súbito, vindo de lado.
- "Só estamos aqui em corpo, cada um ficou na sua casa e depois lá voltaremos." E o silêncio, desmedido...

Eu estou aqui, apetece-me dizer, estupidamente.
Hoje trouxe-me completo. Não é hábito.
Só vim assim para estar contigo.
Quando venho assim estou completamente vulnerável, como hoje quando te vi ao fim de tanto tempo. Apeteceu-me chorar, apetece-me agora chorar, de felicidade, de saudade, de mágoa, por saber tudo, de não querer saber de nada.

Apetece-me dizer-te "Trá-la contigo, por favor. Tenho saudades."

Sinto-me atrapalhado comigo mesmo, com a minha dualidade em confronto contigo.

Os teu olhos tremem de vez em quando, como se estivesses presa atrás das lentes de contacto (uma variada gama de cores à sua, ou dele - sorriso, escolha) e quisesses sair.

- "Amanhã à mesma hora, tentamos outra vez ?"

E vocês, que dizem ?


Marque qualquer tecla para SIM e vá dar uma curva para NÃO.

Custo desta chamada : 1 ataque de ansiedade como há muito não tinha + IVA à taxa máxima.

Anónimo disse...

caro some other time,

acho que está a precisar da Vera Roquette e do seu "você decide", com o devido ajustamento despótico para rejeitar as chamadas do não (mas sempre suspeitei que a RTP fizesse o mesmo).

Aconselho chá de tilia para o ataque de ansiedade, quanto ao resto não tenho resposta. Já tenho dificuldade suficiente em decidir a minha vida para andar a dar bitates aos outros.

Anónimo disse...

ahhh... sempre tão doce e com uma palavra gentil.

meu caro some other time, quão apropriado pode ser o seu nick. vamos por uns momentos mandar o chá de tília às urtigas e ignorar o ester(il) comentário.

ora bem... (pausa) se bem depreendo das suas palavras, vai aí uma crise das antigas.

entrevejo uma falha táctica. como pode reparar, elas não apreciam, a não ser que tal apareça escrito na cosmopolitan, sinceridade e emoção em excesso.

às vezes até apreciam, mas é quando estão frágeis, carentes como soi dizer-se, e mesmo assim é para fins mais utilitários do que fundamentais.

quer esta treta toda dizer :

ultimatum - ora nem mais. exija !!!
se não, vai perder anos e anos (sem exagero) a bater na mesma tecla e a malta perde a pachorra.

depois diga do resultado

um sempre bem-haja solidário com causas perdidas

seu,

engº guterres

Anónimo disse...

não sei se vem a propósito, mas lembrei-me desta canção

I don't have a chance at writing the book
I just wanna be a page
In jeannie's diary
One single page
In jeannie's diary

Anónimo disse...

cara d. ester (-fenil-acetato ?), caro engº guterres e respectivo apoiante,

caras sras e caros srs,

Li com atenção as vossas intervenções, sugestões e proposições.

Devo dizer que não as segui, mas, ao jeito do sr. engº guterres, segui uma outra via, a 3ª ? a 4ª ? enfim, a via do humor.

Um telefonema bem humorado foi o que bastou para...

Mais uma vez, muito obrigado,

Ao vosso dispor para quando precisarem

Anónimo disse...

beeeem... agora sei o que quer dizer eufórico-depressivo

dizia ela baixinho disse...

isto está a animar...
:)

Anónimo disse...

"é a vida", olhe, eu cá não sou consultório sentimental, deve-me faltar a bibliografia correcta para estar habilitada, mas para a próxima já sei que podemos contar consigo.

"some other time", D. Ester lê-se êster, não éster. Logo, não sou grupo funcional. Individuo disfuncional talvez, ou não tivesse eu multipla personalidade.

Se o telefonema bem humorado funcionou então não era caso para tanto desespero e ansiedade. Afinal, o chá de tilia teria resultado às mil maravilhas...

Anónimo disse...

1 - 1 + 1 = quase 0

Anónimo disse...

um amor com humor. Divertido e doce, como o amor devia ser
Jo

Anónimo disse...

Hoje (4 de Dezembro) está a dar no canal hollywood, "Para além do horizonte". não sei se te lembras.

"hoje" 11 de outubro foi também um outro hoje, e muitos outros dias foram também hoje.

sei que de certeza não vens ler isto.

odeio-te, amo-te, sobretudo amo-te

Anónimo disse...

deixa-me repousar aqui um pouco a minha dor, já vou embora

D. Ester disse...

Caro some other time,

escreva sempre, se isso lhe alivia a dor.