Não suportavas que te tocassem. Para que me amasses, cortei os braços. Mas depois chegou um homem com braços musculados. A tua fobia desapareceu. Gostaste dele. Eu era apenas um amputado que tu conhecias. Aqui.
bom.. para um/a amputado/a deve ser dificil levantar a mão. mas imaginando que a mão seja virtual, permanece a pergunta? assim como? como o/a que se amputou ou como o/a que não suportava que lhe tocassem (até ver)?
Tem razão nerd, a pergunta foi mais emotiva que clara e devia ser assim: Quem nunca se amputou por amor e, depois, passou a ser só um conhecido/a? O levantar a mão, justamente, só é possível a quem nunca se amputou...
obviamente apresenta-se um caso em que o âmbito não foi de todo devidamente esclarecido e a exposição do caso enferma de imprecisões e incongruências.
senão vejamos... "com braços musculados...", ora aqui é que reside o busilis da questão... e então se entende que a afirmação "Não suportavas que te tocassem..." é inexacta e deveria ter sido formulada e entendida, ao tempo em que se tomou a decisão de amputar, como "Não suportavas que te tocassem por uns braços raquíticos como os meus"...
ahh pois... o problema afinal era da cegueira do referido amputado, coitadinho que nem vê nem lhe consegue tocar...
como instrumento de auto-consolo, o magrelas acreditou piamente que, para a dita cuja, todos os braços eram iguais... rofl
parece cruel mas só aparentemente o será. por detrás de cada amputação há uma regeneração da pele, do tecido, da própria molécula. a dança do universo dentro de cada uma das nossas mais pequenas aflições de espirito. é o tempo a ocupar-se de nós.
Nerd, a questão é justamente os braços não serem todos iguais e haver aqueles pelos quais se amputa a alma,como dizia o manyfaces. Estalos?! Nem se sabe o que isso é!
Gostei muito da tirada do "é o tempo a ocupar-se de nós"!Mas às vezes, é mesmo muito injusto...
Prefiro o ensinamento de jpn - mesmo que a dor da regeneraçao seja bucolicamente descrita - ao ensinamento da vida... É melhor ser o tempo a ocupar-se de nós; a alternativa de ser uma manicure a faze-lo... convenhamos, vá...
Obrigado pela explicaçao... Eu apenas remeti o topos existencial de quem não arrisca mais do que uma aparadela de unhas para o espaço ludico das manicures... Alias, quem se coloca no topos descrito no post, pode experimentar uma realidade nova. Realidade essa que tem que ver com algo de radicalmente (radix) humano que transfigura a decepação numa regeneração (jpn bem o disse). Eu compreendo o que diz; é claro que uma coisa é a poda, outra a enxertia completa no outro. Vou terminar por aqui. Começo a ter medo, muito medo de ter o mesmo destino que esse tal pirata zarolho... :)
depois de ter aprendido a pintar quadros com os pés, achei que era altura de passar a oferecer apenas manicures estéticas. Não me apetece dedicar-me às paisagens bucólicas com a boca. Cínica talvez, instinto de sobrevivência chamo-lhe eu.
E com sorte, um dia encontrá o seu nerd, e se o síndroma de asperger desse não tiver como objecto o universo das amputações, mas a nobre arte do esteticismo, será o delírio!
21 comentários:
bom.. para um/a amputado/a deve ser dificil levantar a mão.
mas imaginando que a mão seja virtual, permanece a pergunta?
assim como? como o/a que se amputou ou como o/a que não suportava que lhe tocassem (até ver)?
Tem razão nerd, a pergunta foi mais emotiva que clara e devia ser assim:
Quem nunca se amputou por amor e, depois, passou a ser só um conhecido/a?
O levantar a mão, justamente, só é possível a quem nunca se amputou...
Levanto a canhota que a direita já se foi (fui mas de olhão...).
obviamente apresenta-se um caso em que o âmbito não foi de todo devidamente esclarecido e a exposição do caso enferma de imprecisões e incongruências.
senão vejamos... "com braços musculados...", ora aqui é que reside o busilis da questão... e então se entende que a afirmação "Não suportavas que te tocassem..." é inexacta e deveria ter sido formulada e entendida, ao tempo em que se tomou a decisão de amputar, como "Não suportavas que te tocassem por uns braços raquíticos como os meus"...
ahh pois... o problema afinal era da cegueira do referido amputado, coitadinho que nem vê nem lhe consegue tocar...
como instrumento de auto-consolo, o magrelas acreditou piamente que, para a dita cuja, todos os braços eram iguais... rofl
Amputar a alma é bem pior.
parece cruel mas só aparentemente o será. por detrás de cada amputação há uma regeneração da pele, do tecido, da própria molécula. a dança do universo dentro de cada uma das nossas mais pequenas aflições de espirito. é o tempo a ocupar-se de nós.
a propósito do dalai lama, dizia ontem ana gomes que "os que sucumbem à pressão não serão nunca respeitados pelos que pressionam".
portanto o melhor mesmo é levantar a mão, mas para dar dois estalos bem dados a quem nos diz que não suporta que...
o resultado pode vir em duas versões, ou se tem o ex-suplicante aos pés ou desaparece de vista.
isso é o que eu chamo de win-win situation.
nerd, aka "don't walk the talk"
Nerd, a questão é justamente os braços não serem todos iguais e haver aqueles pelos quais se amputa a alma,como dizia o manyfaces. Estalos?! Nem se sabe o que isso é!
Gostei muito da tirada do "é o tempo a ocupar-se de nós"!Mas às vezes, é mesmo muito injusto...
conceda-me o mínimo, que entendeu que "estalos" é tão real como "braços amputados"
está concedido!
Um merd entre as mulheres...
E consegue 'concedencias'
you good fo'nuttin landlubber
i told you once...
you're in for dancin' the hemp jig...arrr
eh pirata zarolho...ao menos usa o teu nick, pá...és topado à légua...
Como Cícero quando se abeirava do mercado e da sua agitação:
Sic est vulgus...
a dor de cotovelo cura-se com hirudoide. Ou não.
Toda a gente corta um braço, uma mão ou um dedo, vá, com a esperança da felicidade terrena. A vida ensina que mais vale ficar pela manicure.
Prefiro o ensinamento de jpn - mesmo que a dor da regeneraçao seja bucolicamente descrita - ao ensinamento da vida...
É melhor ser o tempo a ocupar-se de nós; a alternativa de ser uma manicure a faze-lo... convenhamos, vá...
o jpn é um bucólico... :)
anónimo, talvez não tenha percebido a minha finíssima ironia. Sugeria eu que em vez de decepar um qualquer membro se limitasse a cortar as unhas...
Obrigado pela explicaçao...
Eu apenas remeti o topos existencial de quem não arrisca mais do que uma aparadela de unhas para o espaço ludico das manicures...
Alias, quem se coloca no
topos descrito no post, pode experimentar uma realidade nova. Realidade essa que tem que ver com algo de radicalmente (radix) humano que transfigura a decepação numa regeneração (jpn bem o disse).
Eu compreendo o que diz; é claro que uma coisa é a poda, outra a enxertia completa no outro.
Vou terminar por aqui. Começo a ter medo, muito medo de ter o mesmo destino que esse tal pirata zarolho... :)
depois de ter aprendido a pintar quadros com os pés, achei que era altura de passar a oferecer apenas manicures estéticas. Não me apetece dedicar-me às paisagens bucólicas com a boca. Cínica talvez, instinto de sobrevivência chamo-lhe eu.
E com sorte, um dia encontrá o seu nerd, e se o síndroma de asperger desse não tiver como objecto o universo das amputações, mas a nobre arte do esteticismo, será o delírio!
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