Abraçou-a e nesse abraço tudo, amor, desejo, paixão, intensidade, ternura, afecto, certeza. Depois veio o beijo, molhado, a confirmar tudo o que o abraço prometia. Era daqueles que não dá vontade de largar, não que se tenha medo que o resto não esteja à altura (sabe-se que sim), mas pelo prazer que dá apenas e só aquilo. Um prazer que se deseja eterno. O abraço e o beijo, agora e para sempre. Amen.
Deitaram-se na mesma cama, despiram-se devagar, extasiados com cada pedaço de pele que iam descobrindo. Os dedos dos pés dela, a barriga dele, a coxa direita dela, o ombro esquerdo dele. Doce, lânguido, suave. Devagar.
Ele quis explorá-la, ela deixou-o. Beijou-lhe a orelha, o pescoço, as costas abaixo, as mãos nas ancas dela. Ela entregava-se ao que ele lhe dava, a pressão, a fricção, o prazer.
Ele amou-a tanto e de tantas maneiras, entranhou-se-lhe pela pele adentro que conseguiu escavar até às entranhas. Como quando ela aprendeu de pequena a abrir túneis na areia e a ficar feliz quando encontrava a mão do outro lado do buraco, agora apenas lhe estendeu aberta a que lhe saia do coração.
8 comentários:
esta noite ou uma noite qualquer
(está lindíssimo)
Que bom!!!!!
Que bom!!!!!
Que bom!!!!!
bota bom nisso.
eu diria mesmo mais: está lindo!
sim, lindo texto. até na forma como está construído. vai envolto numa doce banalidade amorosa até que a última frase o leva para um lugar onde guardamos a beleza.
1º parágrafo - perfeitamente dispensável
2º e 3º "mesma cama"??? "ela deixou-o"??? nop. A fusão dos dois parágrafos sem as duas primeiras frases - SIM !!!
o último - bastava esse, não era preciso dizer mais nada, mas isso é apenas a minha opinião. e esse último é realmente o que faz o texto muito bom.
ainda bem que gostaram que o partilhasse convosco.
ao que gostou muito, agradeço o contributo para a edição do post, quando evoluir para published author contacto-o. ou não, já que não sei quem é.
a ideia era a que o jpn apanhou.
Fiquei com calores matinais. vamos ver se resistem ao dia e chegam à noite.
Enviar um comentário