12 novembro 2006

Plagiadores e piratas

Nunca consegui ler o blog que apresentava provas do plágio de MST no "Equador" - quando lá fui pela primeira vez encontrei um elogio ao autor português, da segunda uma page not found, da terceira uma página vazia. Parece que o dito texto e respectivos comentários têm andado de casa em casa, explusos por um qualquer polícia virtual que não quer que o assunto esteja no quadro de anuncios.
Em vários blogs se fala deste assunto. Eu não tenho nada a dizer sobre os ditos livros, já que não li nenhum dos dois.
O tema plágio, no entanto, parece-me muito interessante. Pessoas crescidas que copiam textos de outros e os tentam passar por seus parecem-me sempre bastante idiotas. Estarão demasiado confiantes na mediocridade/ignorância geral, que impedirá decerto a sua revelação? Rezarão aos santinhos para não serem descobertos? Ou viverão na tranquilidade da sua superioridade intelectual?
E depois, quando são descobertos, porque raio tentam sempre ou denegrir o acusador ou apresentar desculpas trémulas para o acontecido? Entre o "resolver à paulada" e o "nem me dei conta que tinha copiado, inspirei-me no texto mas pelos vistos decorei-o" a minha reacção é a mesma: para quê?
(Para quem tenha curiosidade, descobri o dito blog aqui. Até à proxima expulsão.)

3 comentários:

8 e coisa 9 e tal disse...

olha, olha, quem ele é...

por pirata entendo alguém que consegue infiltrar-se em embarcação alheia para pilhar o seu conteúdo. ora, quem consegue eliminar o conteudo de um blogue de outrém parece-me que faz a mesma coisa.

Sabe lá o que eu já vi na vida!

Anónimo disse...

Ainda que a total originalidade possa ser um conceito muito discutido em literatura, pois sempre se absorve de quem se lê, o plagio é sem dúvida uma acção condenável.

Contudo, cara oito, creio que neste caso concreto atirar de imediato pedras pode não ser um acto justo, principalmente não tendo ainda uma opinião formada sobre o assunto, pois não foram lidos nenhum dos livros. Uma coisa é falar do plagio, o que me parece um tema muito interessante, outra é relacioná-lo de imediato com o MST, partindo do principio que o fez.

Estamos perante um confronto, os do blog freedomtocopy dizem que MST plagiou, o proprio diz que não. Acho que até se provar que é culpado, deve ser considerado inocente.

Devo dizer que com plagio ou sem ele, na altura em que li o Equador, gostei bastante do livro, pareceu-me bem escrito, com uma trama bem montada e personagens interessantes, só não gostei do final, pois pareceu-me demasiado brusco, como se ele já estivesse farto do livro e quisesse terminá-lo a todo o custo.

Deixo para os tribunais a leitura do outro livro, já que o meu inglês anda by the death hour.

8 e coisa 9 e tal disse...

multipla do canivete (não na liga, presumo); a propósito da polémica do mst falei de plágio no geral. Não tendo lido nenhum dos livros dou evidentemente não posso fazer acusações nem tirar partido.

Ao comentar a parte do "à paulada" como reacção de um plagiador é que já poderia arrastar consigo a velada acusação, de facto. Não era essa a intenção. No entanto, parece-me tonto que um inocente queira resolver assuntos à paulada, ao mesmo tempo que no tribunal.

A confirmarem-se as passagens que vi referidas naquele blog, não se trata de mera inspiração noutro autor, é tradução adaptada.

pirata, folgo vê-lo mais tranquilo. Arrasar com o nosso pobre blog e atirar as multiplas para o fundo do lago parecer-me-ia demasiado dramático.