27 novembro 2006

Quarteto, Alt(m)amente







Fui ontem ao cinema Quarteto, ver o o último filme de Robert Altman (que teve a 'má ideia' de morrer no dia 21 deste mês), A Prairie Home Companion. Gostei do filme e recomendo-o: Meryl Streep faz um papel notável, canta bem que se farta, há uma dupla de cowboys hilariante. Já para não falar em Kevin Kline, perfeito no papel que lhe coube. Não me estico mais em apreciações, não sou crítica de cinema nem nada que se pareça.
Mas não foi só do filme que gostei: gostei de voltar ao Quarteto e de me voltar a sentar naquela sala (mesmo que as cadeiras só tenham melhorado um bocadinho). Antes disso, também gostei de me sentar nos bancos lá fora e de olhar e de achar engraçada a instalação que fizeram no tecto. Enquanto o filme não começava e fumava um pensativo cigarro, lembrei-me das vezes em que vinha de propósito a Lisboa para ver filmes que só mais tarde o Atlântida-Cine, em Carcavelos, começou a passar. Vi ali os primeiros filmes de Almodôvar, os filmes de Tarkovski, as maratonas de cinema no dia de aniversário do Quarteto. As memórias não acabam aqui, mas para o efeito bastam.
No Quarteto, o tempo parece ter parado. A começar pelo preço dos bilhetes: são muito mais baratos, mesmo em dias 'normais'. A rapariga do bar é a mesma, a senhora da bilheteira, a decoração (menos a instalação no tecto e os cartazes nas paredes e os postais de distribuição gratuita). Jurava que vi sentada na sala as mesmas pessoas de há 4 anos.
Quarteto, Alt(m)amente. Vou voltar.

5 comentários:

Anónimo disse...

também lá fui no sábado, ver o mesmo filme, e tenho ido nos ultimos tempos.

Quanto ao filme, gostei dos detalhes - as histórias nunca são só os seus traços largos, são também aqueles recados nos adereços, guarda roupa e cenários. Bestial.

Já no que diz respeito ao cinema a programação costuma ser muito interessante, há sempre bilhetes e a preço convidativo, para além da ausência de pipocas. Só não recomendável para quem tenha pernas longas ou precise de encosto para a cabeça - ou leva acompanhante para o efeito ou sai com torcicolo.

Anónimo disse...

Ah que prazer, que prazer... Um bom cinema, sozinho. No King, onde matei o meu vicio cinéfilo em sessões bi-semanais em 2000/2001.
"Disponível para Amar" em que tive de sair a meio com olhos a menos para tanta fartura de lágrimas...
O cinema pode não nos salvar, mas ajuda...

Anónimo disse...

sair a meio do disponível para amar? espero que já tenhas visto o filme completo, o final é absolutamente maravilhoso (patrocinado pela kleenex, claro)

Anónimo disse...

Já vi o fim. Com kleenex.

sem-se-ver disse...

:-)))))