31 dezembro 2006

Hoje mataram um homem

Hoje mataram um homem. Foi um ditador, um assassino, um déspota, talvez um louco. Não morreu de velho como outros ditadores. Apesar de ser prisioneiro de guerra não foi julgado pelo Tribunal Penal Internacional. Não foi julgado por todas as mortes que cometeu, só por algumas, talvez as menos comprometedoras. Saddam Hussein foi condenado à pena máxima num dos países que, tal como os EUA, ainda defende a pena de morte.

Hoje não se fez justiça, antes foi mais uma vez aplicada, apesar de tantos protestos internacionais, uma lei injusta e prepotente. Tal como fez a L no seu blog, deixo aqui as palavras sábias de Gandalf:

Gandalf: “A vida de Sméagol é um história triste. Sim, Sméagol era o seu nome. Antes do Anel o encontrar… antes de o enlouquecer.”

Frodo: “É uma pena que o Bilbo não o tenha morto!”

Gandalf (olhando severamente para Frodo): “Pena? Foi a pena que deteve a espada dele!” [Pausa] “Alguns dos que estão vivos talvez mereçam a morte. Mas alguns dos que estão mortos certamente merecem a vida. Podes tu dá-la a eles?”

Pausa. Frodo baixa a cabeça, silencioso.

Gandalf: “Não tenhas muita pressa em distribuir a morte como se justiça fosse. Nem mesmo os mais sábios sabem destrinçar todas as pontas do novelo. O meu coração diz-me que o Gollum ainda tem um papel a desempenhar nesta trama, para o bem, ou para o mal.”

Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien

3 comentários:

Anónimo disse...

arquive-se e sublinhe-se! Grande Gandalf!! A pena de morte não tem cabimento.

Siona disse...

Já o assassinaram... :(

Qual seria o papel dele, na trama que estava para vir? Talvez continuar a plantar roseiros na prisão, que era o que fazia, sem ferir nem incomodar ninguém. Não me digam que plantar roseiros e arbustos não serve de nada. E não me digam que quem faz algo como isso está completamente desprovido de toda a sua humanidade.

Anónimo disse...

bem, isso é que já não sei, podia tar à espera que lhe crescesse um pé de feijão.