28 dezembro 2006

um dia como hoje

Ando às voltas com um texto que tenho de escrever. Sento-me em frente ao ecrã, olho para os papéis, tento organizar as ideias. Lembro-me que tenho de arrumar uns livros, desapareço daqui por minutos. Volto a sentar-me, acendo um cigarro, ensaio uma frase. Apago tudo. Talvez um chá me ajude, fujo para a cozinha e regresso confiante de chávena na mão. Retomo a frase inicial que já não existe, talvez sem os rascunhos consiga descobri-la na minha cabeça. Toca o telefone, uma amiga descobriu a pólvora sob a forma de um curso de massagem, mais uns minutos de esquecimento do texto que me espera. Termina a conversa e a página em branco cresce para mim. Roo as unhas. Acendo mais um cigarro.
Existirão doulas para estes partos caseiros?

3 comentários:

sete e pico disse...

ai como eu conheço essa sensação da brancura imensa que cobre uma página e não há maneira de lá sair... boa sorte querida..

zamot disse...

E há quando o contrário acontece... pegas no papel sem inspiração absolutamente nenhuma e cinco minutos depois resolveste tantas coisas que, não sabes onde guardar tanta informação. E lembras-te, é no papel que se guardam...

Anónimo disse...

A Associação "Doulas de Portugal" é uma organização de "doulas portuguesas" com o objectivo de promover e divulgar o papel da "doula" no acompanhamento perinatal em "Portugal".

Há algo de perfeito num circulo, não há ?