Este domingo tinha um programa de rachar. Ir passar o dia a casa de uns amigos no Alentejo, no meio das laranjeiras. Com o sol que estava nada mais que aprazível.
Para nos distribuirmos entre os vários carros e partirmos juntos pela estrada fora combinámos no Cais do Sodré pelas 10h30 e daí partiríamos para o idílio campestre. Saio de casa com uma amiga, passamos a buscar outro na Almirante Reis, e quando descemos pela baixa encontramos todas as estradas fechadas para nos dirigirmos ao sítio marcado. Sem perceber o porquê de tanta comoção, páro, baixo a janela e interrogo o senhor agente da autoridade. É a maratona, diz-me. Se quero apanhar a ponte 25 de Abril tenho de ir ao Marquês, ao Cais do Sodré só chego se for a pé.
Telefonemas para cá e para lá, mudamos o ponto de encontro para Santa Apolónia, onde conseguimos todos chegar em quatro rodas.
Chegados lá vemos que os corredores andam ufanos para a frente e para trás pela avenida marginal, saímos do carro e ficamos a vê-los passar enquanto fumamos o primeiro cigarro do dia. Como alguém decide passar a sua manhã de domingo a correr 42 Km é coisa que nos ultrapassa, que já sonhamos com a sesta à sombra de um chaparro.
Um dos amigos que vem de carro da linha de Cascais avisa-nos que, ao contrário da informação dada pela PSP, todas as entradas para a ponte 25 de Abril estão cortadas, e que nos vai buscar ao Lux para seguirmos pela Vasco da Gama. Olhamos para o panorama que se estende à nossa frente e concluímos que vamos ter de atravessar as duas vias da maratona para chegar ao seu carro.
Para nos distribuirmos entre os vários carros e partirmos juntos pela estrada fora combinámos no Cais do Sodré pelas 10h30 e daí partiríamos para o idílio campestre. Saio de casa com uma amiga, passamos a buscar outro na Almirante Reis, e quando descemos pela baixa encontramos todas as estradas fechadas para nos dirigirmos ao sítio marcado. Sem perceber o porquê de tanta comoção, páro, baixo a janela e interrogo o senhor agente da autoridade. É a maratona, diz-me. Se quero apanhar a ponte 25 de Abril tenho de ir ao Marquês, ao Cais do Sodré só chego se for a pé.
Telefonemas para cá e para lá, mudamos o ponto de encontro para Santa Apolónia, onde conseguimos todos chegar em quatro rodas.
Chegados lá vemos que os corredores andam ufanos para a frente e para trás pela avenida marginal, saímos do carro e ficamos a vê-los passar enquanto fumamos o primeiro cigarro do dia. Como alguém decide passar a sua manhã de domingo a correr 42 Km é coisa que nos ultrapassa, que já sonhamos com a sesta à sombra de um chaparro.
Um dos amigos que vem de carro da linha de Cascais avisa-nos que, ao contrário da informação dada pela PSP, todas as entradas para a ponte 25 de Abril estão cortadas, e que nos vai buscar ao Lux para seguirmos pela Vasco da Gama. Olhamos para o panorama que se estende à nossa frente e concluímos que vamos ter de atravessar as duas vias da maratona para chegar ao seu carro.
Dois com mochilas às costas, eu com a mousse de limão, outra com a caixa dos brigadeiros e o quinto com duas garrafas de litro e meio de água, aventuramo-nos à passagem para o outro lado da rua.
A primeira faixa afigura-se-nos fácil; basta corrermos no mesmo sentido que os maratonistas e irmos guinando para a direita. Este grupo improvável de corredores junta-se então aos demais e chegamos ao separador central; metade está feito.
Para atravessarmos a segunda faixa terá de ser contra a corrente, o que dificulta um pouco o nosso movimento. Olho para os homens e mulheres de número ao peito, suados e cansados, uns de bigode outros de boné, alguns de ipod. Olham para nós, incrédulos em relação às nossas intenções. Agarro bem a mousse, seria uma desgraça deixá-la cair e partir uma perna ao etíope de turno que teria o azar de escorregar por cima da delícia de leite condensado e vitamina C.
Encho-me de coragem e velocidade, eles não param tenho de me fazer à vida e lá vou eu voando entre a massa.
Conseguimos passar incólumes e sem provocar qualquer entorse aos estafados participantes, a polícia ignorou-nos olimpicamente e a banda que tocava Xutos & Pontapés com umas colunas a sair de um camião continuou impassível à nossa presença.
Foi a primeira vez que participei numa prova desportiva. Fiquei emocionada.
A primeira faixa afigura-se-nos fácil; basta corrermos no mesmo sentido que os maratonistas e irmos guinando para a direita. Este grupo improvável de corredores junta-se então aos demais e chegamos ao separador central; metade está feito.
Para atravessarmos a segunda faixa terá de ser contra a corrente, o que dificulta um pouco o nosso movimento. Olho para os homens e mulheres de número ao peito, suados e cansados, uns de bigode outros de boné, alguns de ipod. Olham para nós, incrédulos em relação às nossas intenções. Agarro bem a mousse, seria uma desgraça deixá-la cair e partir uma perna ao etíope de turno que teria o azar de escorregar por cima da delícia de leite condensado e vitamina C.
Encho-me de coragem e velocidade, eles não param tenho de me fazer à vida e lá vou eu voando entre a massa.
Conseguimos passar incólumes e sem provocar qualquer entorse aos estafados participantes, a polícia ignorou-nos olimpicamente e a banda que tocava Xutos & Pontapés com umas colunas a sair de um camião continuou impassível à nossa presença.
Foi a primeira vez que participei numa prova desportiva. Fiquei emocionada.
6 comentários:
Eheheh! Viva a corredora da mousse!
hahahahahahaha!
não consigo parar de rir a imaginar-te a fazer a prova - involuntariamente- com a mousse de limão debaixo do braço! hahahahahahahaha!
(opá, salvaste-me o dia! :DDD)
Ganda pinta, maratona com um cigarro de aquecimento.
Nível 3 de dificuldade com a mousse a tiracolo. Como dizia não sei quem, és uma atleta com H grande.
ameiiiiiiiiiiiiiiiii
tb eu ainda nao parei de rir!!!
lol, que cenaça, e tão bem descrita que está!!!
adorei mesmo.
se as provas desportivas tivessem sempre mousse de limão até me dedicava ao desporto.
Fartei-me de rir com esta posta querida multipla...aquele abraço
muito bom
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