A primeira: tarde de Lisboa, taxista curvado de mãos duras. Comecei a trabalhar aos 8 anos no campo, a acartar pedra. Aprendi várias artes, trabalhei toda a vida. E agora, com setenta e oito anos, nunca gastei um tostão da minha reforma, continuo sempre a trabalhar. Se parasse, ia beber a pensão para as mesas do jardim com os outros velhos.
A segunda: fim do dia numa Lisboa caótica. Um taxista redondo, de nuca rapada, explicou-me que há 32 anos guiava um táxi. Um gajo aprende a lidar com os bandidos. No meu carro nunca entram pretos nem ciganos.
A terceira: três da manhã guiada por um taxista brasileiro. Chegou há seis anos casado, agora está sozinho. É muito duro estar longe, por isso volto ao Brasil todos os anos. Só no ano passado não fui. Perdi o meu pai e perdi a coragem.
A segunda: fim do dia numa Lisboa caótica. Um taxista redondo, de nuca rapada, explicou-me que há 32 anos guiava um táxi. Um gajo aprende a lidar com os bandidos. No meu carro nunca entram pretos nem ciganos.
A terceira: três da manhã guiada por um taxista brasileiro. Chegou há seis anos casado, agora está sozinho. É muito duro estar longe, por isso volto ao Brasil todos os anos. Só no ano passado não fui. Perdi o meu pai e perdi a coragem.
7 comentários:
Bem apanhados, os retratos. Muito mundo, de luzes verdes no tejadilho.
mestre na captura destes 'retratos'! muito bem, querida múltipla.
Também tenho umas quantas histórias de taxistas de Lisboa..
Talvez ainda escreva sobre elas um dia. Cumprimentos da leitora assídua.
Sophia, pode sempre acrescentar cromos a esta caderneta http://oitoecoisa.blogspot.com/2006/11/caderneta-de-cromos.html
Posso dar uma achega à colecção?
http://3entradas.blogspot.com/2007/02/astrotxi.html
obrigada, j, por uma boa história de taxistas e taxis. Muito mundo, mesmo. Assina a múltipla que se dedica nos tempos livres à taxifilia.
para a amiga q se dedica à taxifilia, mais uma história de táxis, pela shopia:
http://omeunomeesophia.blogspot.com/2007/03/sinto-noite.html
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