06 janeiro 2010

A brincar, claro

E agora eu era uma máquina perfeita que ninguém conseguia desmontar, uma máquina sólida feita de ruídos e silêncios desordenados. Encostavas o ouvido ao meu braço feito parede de metal e não ouvias nada, procuravas no ângulo recto da minha coxa e tentavas decifrar um cortejo quase imperceptível de barulhos metálicos. E agora eu era uma máquina lisa, sem brechas nem mossas, e a tua presença não era mais do que o calor de um corpo vencido pela solidão do metal.

1 comentário:

nove e tal disse...

gosto muiito, muito.