10 novembro 2006

Crise chinesa

A palavra "crise" em mandarim não existe. Dependendo do contexto em que é utilizada pode significar "perigo" ou "oportunidade".
Na realidade, as nossas crises deviam ser vistas assim - uma alteração ao normal percurso das coisas, que em vez do nos congelar pensamento e acção pelo perigo potencial que representam, podem e devem servir como oportunidade para mudar. Mudar de vida, de casa, de carro, de namorado, de amigos, de emprego, de cidade, de país. Ou tentar a mudança na continuidade - mas a História diz-nos que esta não tem sido muito eficaz.

8 comentários:

Anónimo disse...

Em 2000 mudei-me a mim. E chegou.


ManyFaces

Anónimo disse...

cf. raiz da palavra "crise" em grego

Anónimo disse...

crise = ameaça ou oportunidades ?

ah gandas chinocas que fazem SWOT...

“Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças ” (SUN TZU, 500 a.C.)

Anónimo disse...

a fonte não veio de propósito, mas que ele há coincidências, há (ao contrário do que a outra dizia, ou escrevia, ou .. sei lá)

fonte :

http://www.inq7.net/globalnation/col_pik/2005/oct24.htm


Filipino crisis

We tend to use the word "krisis" in the Philippines, which we borrowed from Spanish. Both Spanish and English use the word "crisis," so let's look at how one English dictionary, Encarta, defines the word:

"1. a dangerous or worrying time, a situation or period in which things are very uncertain, difficult, or painful, especially a time when action must be taken to avoid complete disaster or breakdown.

"2. critical moment. A time when something very important for the future happens or is decided.

"3. medicine. Turning point in disease. A point in the course of a disease when the patient suddenly begins to get worse or better."

Encarta says the word "crisis" emerged in English around the 15th century, via the Latin language, from the Greek word "krisis" (decisive moment), which comes from "krinein" (to decide).

Decisive action

Words do change in their meanings when they're borrowed. The way we use the word "krisis" is defined this way in the University of the Philippines' "Diksiyunaryong Filipino" [Filipino Dictionary]: "1. panganib, peligro 2: labis na pagdarahop o pagsasalat."

It seems then that we did carry over some of the Spanish and English connotations of crisis, particularly notions of danger, but we tended to emphasize an element of extreme hardship and deprivation.

Given these very intense definitions, it should not be surprising that our perspective of a crisis is to weather the hardship, to survive, to cope. When we do survive, we seem satisfied with that, patting ourselves on the back and congratulating ourselves for adapting so easily, for being so resilient. Why, we even compare ourselves to the carabao, hardworking, uncomplaining, plodding along. My retort here: We are not carabaos to be led around by the nose.

Opportunity

The English "crisis" and its Greek root word, emphasize that an important element in a crisis is the anticipation of decisive action, one that could result in a favorable outcome. The Chinese go a step further in their view of a crisis. The Chinese term for crisis consists of two words: "wei" and "ji." Wei means "danger" and ji means "opportunity." So on the one hand, while the Chinese share many cultures' equating a crisis with danger, they recognize the opportunity that comes with that danger.

It isn't surprising that American and European business strategy books like to refer to this Chinese term. A crisis becomes more of a challenge and an opportunity, which business people love. It is not surprising, too, that there have been so many versions of Sun Tzu's "The Art of War," a Chinese treatise on military strategy dating back to the 6th century B.C., which talks not only about preventing and dealing with crisis, but also about many situations that call for creating a crisis, to be able to move forward and resolve a long-standing problem.

Anónimo disse...

a propósito de "crises":

uma vez perguntaram-me - "olha lá, o manyfaces és tu ?" ao que de pronto respondi - "só na vida real"

8 e coisa 9 e tal disse...

nerd, afinal as tuas fontes não contradizem as minhas. é a chamada sinergia. Com tranquilidade (é que agora me lembrei do RAP a fazer de Paulo Bento, hahaha).

fiatuno, ser manyfaces na vida real tem que se lhe diga. Faz-me lembrar o puto de 11 anos que ontem me queria enganar, trocando o nome com o do pai. Eu disse-lhe que se começava a querer enrolar as mulheres já tão cedo não ia pelo bom caminho... Na realidade, depende do que cada um quer tomar.

dorean paxorales disse...

Deixei-vos de encartas:

http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

Não está mal e é de graça.

Anónimo disse...

Andam por aí umas confusões acerca da minha pessoa.... Isso das múltiplas personalidades é marca registada aqui da autora deste blog (não quero competir nesse assunto, que já está aqui bem tratado, sim senhor..). O meu core business anda mais para o lado das múltiplas fac(eta)s da vida:
http://manyfaces.blogs.sapo.pt/


ManyFaces