o sol é sempre o mesmo e o céu azul ora é azul, nìtidamente azul, ora é cinzento,negro,quase-verde..Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica. as árvores dão flores, folhas,frutos e pássaros como máquinas verdes.
As paisagens tam bém não se transformam. não cai neve vermelha, não há flores que voem, a lua não tem olhos e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto. Ainda por cima os homens são os homens. Soluçam,bebem, riem e digerem sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos, discursos de Mussolini, guerras, orgulhos em transe, automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte! Pois não era mais humano morrer por um bocadinho, de vez em quando, e recomeçar depois, achando tudo mais novo? Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses, morrer em cima de um divã com a cabeça sobre uma almofada, confiante por saber que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim, havias de dizer com teu sorriso onde arde um coração em melodia: "Matou-se esta manhã. Agora não o vou ressuscitar por uma bagatela"
E virias depois, suavemente, velar por mim,subtil e cuidadosa, pé ante pé, não fosses acordar a Morte ainda menina no meu colo...
Van a fusilar a un hombre que tiene los brazos atados. Hay cuatro soldados para disparar. Son cuatro soldados callados, que están amarrados, lo mismo que el hombre amarrado que van a matar.
?¿Puedes escapar? ?¡No puedo correr! ?¡Ya van a tirar! ?¡Qué vamos a hacer! ?Quizá los rifles no estén cargados... ?¡Seis balas tienen de fiero plomo! ?¡Quizá no tiren esos soldados! ?¡Eres un tonto de tomo y lomo!
Tiraron. (¿Cómo fue que pudieron tirar?) Mataron. (¿Cómo fue que pudieron matar?) Eran cuatro soldados callados, y les hizo una seña, bajando su sable, un señor oficial; eran cuatro soldados atados, lo mismo que el hombre que fueron los cuatro a matar.
The wounds on your hand never seem to heal I thought all I needed was to believe
Here am I, a lifetime away from you ? The blood of Christ or the beat of my heart My love wears forbidden colours My life believes
Senseless years thunder by Millions are willing to give their lives for you Does nothing live on ?
Learning to cope with feelings aroused in me My hands in the soil, buried inside myself My love wears forbidden colours My life believes in you once again
I’ll go walking in circles While doubting the very ground beneath me Trying to show unquestioning faith in everything Here am I, a lifetime away from you ? The blood of Christ, or a change of heart
My love wears forbidden colours My life believes My love wears forbidden colours My life believes in you once again
17 comentários:
Tantos, tantos, dentro de mim... Hoje tenho este na cabeça. Acordei com ele:
http://manyfaces.blogs.sapo.pt/7430.html
só tenho uma ponta de cigarro para fumar
e para apagá-la
todo o mar.
"Nobody really cares if you're miserable, so you might as well be happy."
Cynthia Nelms
*****
Muito bem! Estou a gostar de ver, vários registos. :)
Continuo à espera de mais contribuções e também daquelas das minhas MÚLTIPLAS!
(linkem a fontem, sff. creio que no caso do pirata foi um original, assim como da osga. suposições?)
o meu amor é farmaceutico
leva a vida a fazer pilulas
quando eu chego a casa
vou por trás e tirulas
(anónimo, muito popular lá em casa ;))
em cima dum monte
plantei uma oliveira
veio o vento
levou o monte
special request:
será q a d. ester (a própria!) não desencanta para aí um poema ou frase do seu agrado?
muitos beijos das múltiplas!
no baile da d. ester,
LINDO!
(ainda me estou a rir)
o chofer a dançar com a criada,
surrealismo vai lá vai...!
o mar que nunca acaba.
e para repousar a vista
2 ou 3 barcos de quando em quando.
Há algures uma parede que tem uma inscrição que aprecio, apenas:
Amo-te cigana
era inevitável que lhe escrevesse (passei estas últimas horas a pensar em si) (...)
viver sempre também cansa!
o sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nìtidamente azul,
ora é cinzento,negro,quase-verde..Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
as árvores dão flores,
folhas,frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens tam
bém não se transformam.
não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam,bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por
seis meses,
morrer em cima de um divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela"
E virias depois, suavemente,
velar por mim,subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira-PoesiaI
"Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão" (Zeca Afonso, Coro da Primavera)
A minha favorita.
Thanks for the linkanço (ai o cházinho nas caixas de...)
*assim porque não estou a conserguir assinar como blogger)
num muro em bogotá li o seguinte, e que bem se adequa a como o povo colombiano faz face à pressão da guerra:
el país se derrumba y nosotros de rumba
Também gosto desta que (talvez) continua pinchada num dos pilares da ponte 25 de abril (ali perto da antiga FIL):
NÃO SAIAM DE CASA SENÃO AS AUDIÊNCIAS BAIXAM.
Só me ocorre este muito lindo,mas intenso,
Van a fusilar
a un hombre que tiene los brazos atados.
Hay cuatro soldados
para disparar.
Son cuatro soldados
callados,
que están amarrados,
lo mismo que el hombre amarrado que van
a matar.
?¿Puedes escapar?
?¡No puedo correr!
?¡Ya van a tirar!
?¡Qué vamos a hacer!
?Quizá los rifles no estén cargados...
?¡Seis balas tienen de fiero plomo!
?¡Quizá no tiren esos soldados!
?¡Eres un tonto de tomo y lomo!
Tiraron.
(¿Cómo fue que pudieron tirar?)
Mataron.
(¿Cómo fue que pudieron matar?)
Eran cuatro soldados
callados,
y les hizo una seña, bajando su sable,
un señor oficial;
eran cuatro soldados
atados,
lo mismo que el hombre que fueron
los cuatro a matar.
Fusilamiento
de Nicolas Guillen
Forbidden colours
The wounds on your hand never seem to heal
I thought all I needed was to believe
Here am I, a lifetime away from you ?
The blood of Christ or the beat of my heart
My love wears forbidden colours
My life believes
Senseless years thunder by
Millions are willing to give their lives for you
Does nothing live on ?
Learning to cope with feelings aroused in me
My hands in the soil, buried inside myself
My love wears forbidden colours
My life believes in you once again
I’ll go walking in circles
While doubting the very ground beneath me
Trying to show unquestioning faith in everything
Here am I, a lifetime away from you ?
The blood of Christ, or a change of heart
My love wears forbidden colours
My life believes
My love wears forbidden colours
My life believes in you once again
David Sylvian, Secrets of the Beehive, 1987
putas ao poder que os filhos já lá estão!
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