fotos F.M. Reis
Vivem debaixo de lonas, em diversas localidades do Alentejo, em condições infra-humanas. Exigem-lhes a presença na escola, sem reunirem as condições básicas para o fazer: casa, higiene, deslocação. Quando a GNR os expulsa dos acampamentos onde estão - à razão de 3 vezes por semana - torna-se praticamente impossível cumprir os acordos estabelecidos com a Segurança Social. Os apoios sociais são 'cortados'. Por quanto tempo mais vamos insistir na visão romântica dos 'filhos da estrada e do vento'? Somos todos cúmplices.
7 comentários:
Isto de falar do outro é sempre muito complicado! E quando se consegue respeito e aceitação mútuas já é uma grande vitória!
Admito que me sinto incapaz de discutir o assunto e recuso-me a fazer juizos de valor... Só gostaria de ter a certeza que temos pelo menos técnicos competentes para avaliar o assunto e apresentar soluções. Infelizmente, e que me perdoe a classe de quem tem poderes para actuar na àrea de serviço social, não tenho essa certeza, ao invés, tenho muitas desconfianças! Pode ser preconceito, admito...
Ah! A CIDM lançou no ano passado(salvo erro) um belissímo livro sobre testemunhos de mulheres de etnia cigana, recomendo...
conheço o livro, é da AMUCIP, a primeira associação de mulheres ciganas portuguesas. obrigada ruiva, acabaste de me dar uma ideia...
Sim, é da AMUCIP, e entratanto deve estar outro do género no prelo, da autoria de Maria Liberdade, uma das pessoas que já contribuiu para esta publicação!
Sempre às ordens! ;oD
Adoro estas fotografias. São como uma paixão bem apanhada, vê-se-lhes a alma.
Quanto ao texto, saí-me com o artigo 1º da constituição portuguesa...
Visão romântica dos filhos da estrada e do vento? Não sei onde foste buscar essa, ó multipla.
Ao contrário toda a vida vi os preconceitos contra o povo cigano bem manifestos na nossa vida quotidiana, o cigano que rouba, o cigano que vende nas drogas, que está sempre disposto a fazer trapaça, etc. Temos medo ao povo cigano e não sabemos nada sobre eles. Oxalá nos pudessemos aproximar mais, conhecer o que nos está distante.
'Filhos da estrada e do vento' é título de um livro e também de um filme, ambos sobre a comunidade cigana portuguesa. tanto um quanto outro veiculam a tal visão 'romântica': um povo que é nómada pq lhe apetece ser/viver assim, um nomadismo encarado como um 'estado de espírito'. esta é supostamente a face da moeda que não traz consigo o preconceito e a discriminação. mas é uma visão que não favorece em nada a eliminação das 'barreiras' entre 'nós' e a alteridade.
'eles' não são nómadas pq querem: são vítimas seculares de perseguições e de expulsões sistemáticas. são nómadas À FORÇA. apátridas na sua própria terra (ainda q com b.i. e outros registos q tais). na base disto, o preconceito, o medo, a ignorância, consequentemente, a discriminação (como referiste, sete e picos).
"...Apoios sociais cortados"?
Tente conhecer melhor essa realidade antes de proferir tamanha asneira!!!!!!
lamento mas n pude fica indiferente a essa frase!!!
Com todo o respeito de quem pense o contrário mas não concordo, porque assisto diariamente ao que se passa nos correios e sobretudo, quanto recebem.
Nem um operario que trabalhe um ano por inteiro consegue juntar aquilo que muitos ganham em um mês.
Exemplos como este que a "nossa" Segurança Social entrega de bandeja e mais... protegidos porque assim o são. Basta que voce que trabalha e tem as suas contribuições em dia se calha a deixar mal o carro ou estacionar por alguns minutos tem um guarda a multar-lhe... em contrapartida se tal ocorre com um "os filhos da estrada e do vento" os mesmo fogem.
Não sou contra etnia alguma, apenas procuro justiça (que infelizmente n dispomos).
Peço desculpa pela minha intromissão!
Free Spirit
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