1 de janeiro de 2008,
1.00 h:
Tocam à porta. Era o meu vizinho do lado, que não conheço muito bem mas que já trocámos algumas palavras no elevador e que me emprestou a sua internet durante um mês enquanto a minha não chegava. Trazia uma garrafa de vinho tinto como oferta de novo ano. Agradeci-lhe imenso, contente com esta prenda tão inusitada mas também um bocado embaraçada; às vezes parece estranho que as pessoas sejam generosas, duma forma tão pouco habitual.
1.00 h:
Tocam à porta. Era o meu vizinho do lado, que não conheço muito bem mas que já trocámos algumas palavras no elevador e que me emprestou a sua internet durante um mês enquanto a minha não chegava. Trazia uma garrafa de vinho tinto como oferta de novo ano. Agradeci-lhe imenso, contente com esta prenda tão inusitada mas também um bocado embaraçada; às vezes parece estranho que as pessoas sejam generosas, duma forma tão pouco habitual.
5.00 h:
Quando toda a gente se foi deitar, ligo-me ao skype e encontro-me com o meu melhor amigo, meu vizinho de casa e de vida durante três anos, que está agora emigrado no Canadá, a fazer sozinho uma aventura difícil. Uma hora depois celebramos os dois a meia noite de Toronto.
9.30 h:
Liga o administrador do prédio, e depois de ter desejado bom ano, avisa-nos que o vizinho de baixo se queixou que tínhamos feito muito barulho entre as 12 e a 1 da noite de ano novo, e que não o deixámos dormir porque não só dançámos e arrastámos os móveis como tocámos panelas desalmadamente. Apesar de achar que isto era completamente descabido, desci as escadas uns dias depois para desculpar-me com o vizinho. Era um velhote resmungão que me falou por detrás do postigo e só disse: o que lá vai lá vai, cortando rapidamente a conversa.
9.30 h:
Liga o administrador do prédio, e depois de ter desejado bom ano, avisa-nos que o vizinho de baixo se queixou que tínhamos feito muito barulho entre as 12 e a 1 da noite de ano novo, e que não o deixámos dormir porque não só dançámos e arrastámos os móveis como tocámos panelas desalmadamente. Apesar de achar que isto era completamente descabido, desci as escadas uns dias depois para desculpar-me com o vizinho. Era um velhote resmungão que me falou por detrás do postigo e só disse: o que lá vai lá vai, cortando rapidamente a conversa.
Ás vezes, os vizinhos são boas metáforas da vida. Vejamos o que traz este ano que entrou tão insolitamente.
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