14 janeiro 2010

ÁguaFurtivoAltivezSonho

Acordei e tenho sede. Uma sede que não passa, uma sede que foi entrando por mim dentro como um ladrão furtivo. Um ladrão que abriu a porta de um sonho qualquer, talvez aquele em que o rio era feito de barulhos metálicos e habitado por pássaros antigos que se alimentavam de água. Um ladrão feito da sede que se instalou em mim, na esquina do ombro direito e na altivez dos meus gestos ensaiados. Uma sede que invade tudo e  me faz beber a água que me arrancará da noite e dos ladrões que a povoam.

1 comentário:

sete e pico disse...

é fantástico o que se pode fazer com quatro palavrinhas apenas