22 junho 2009

Desconcertante

Há meses a deixar crescer o cabelo, ando orgulhosa com a farta cabeleira que nunca antes tinha tido. O meu armário tem finalmente uma data de acessórios que passaram a ser usados, espumas, laca, ganchos, elásticos, escovas, escova de enrolar, de esticar, de encolher.

Fui pintá-lo e cortá-lo, uma das frivolidades que mais prazer me dá. A crise afasta a clientela dos salões, éramos menos a usar os serviços que gente que lá trabalha.

Já no fim da mise, magnífica, olho para o lado e reparo na rapariga que se sentou duas cadeiras mais para a esquerda. Estava a arranjar as unhas e na cabeça, ao contrário de um cabelo como o meu, um lenço colorido atado atrás.

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