Sento-me ao computador com o machado de um prazo em cima da cabeça. O texto ainda demora a acabar-se, bebo mais um café. Uma linha depois, lembro-me da máquina que terminou e da roupa que devo estender. Quinze minutos depois, regresso ao trabalho. Três linhas mais tarde estou perdida, não sei se hei-de dizer amarelo ou azul. Assim como assim, avanço para a cozinha e faço um strogonoff, varro o chão, lavo a loiça. Ao fim do dia, o machado está a 2 centímetros da minha testa. É uma pena não ter pratas em casa. Seriam as mais reluzentes do quarteirão.
8 comentários:
Eu gosto de trabalhar em casa.
Não o posso fazer habitualmente e talvez seja por isso.
Gosto de escolher uma musica, que me inspire.
De poder abrir as janelas e ligar a ventoinha.
De preparar um gin ou um martini.
Ou no Inverno, acender a lareira e sentar no sofá, com o pc no colo.
Pensa bem, se calhar tens sorte!
Caro multipla.
INFELIZMENTE também eu padeço do mesmo!
de repento sou assolada por uma vontade incrivel de coser, actualizar os mails, varrer o jardim,lavar roupa e dobra-la, pintar as unhas e cortar o cabelo, arrumar a casa e os arredores etc etc e tal.
mas o que mais me chateia é que a porcaria do machado parece que funciona como motor.
porque é que não consigo ser uma pessoa organizada?
se calhar há uns comprimidos para isso. mal souber aviso
o comentário anterior está cheio de erros mas nem me vou dar ao trabalho de o corrigir.
é que o calor dá-me cabo do cérebro, frita até.
e eu odeio o calor.
mas basta olhar para a minha foto e vê-se logo porquê não?
E hoje estou a trabalhar em casa!!
Sossegado, na companhia do Mick Jagger que me sussurra o Shine a light. Sim, que ele já não tem voz para gritar...
"...poder abrir as janelas e ligar a ventoínha..."
Há muito este blog não tinha um momento tão poético...
Hehehehe...
Ok, ok, ok.
A verdade, é que não tenho ventoinhas no sitio onde trabalho, nem ar condicionado em minha casa, e também não tenho jeitinho nenhum para a poesia, nem para gozar com os outros.
o pedro pode não ter nem ar condicionado nem ventoinha, nem jeito para a poesia nem sequer para gozar com os outros.
mas tem uma sinceridade que me fez sorrir e isso é poético.
Trabalhar em casa é muito bom!
Dani Edson
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