Quando eu tinha catorze anos o futuro era um país do outro lado do mundo. Lembro-me de tentar imaginar como seria a minha vida com vinte e oito anos e via-me casada, com filhos, algumas rugas, a vida organizada e muitas certezas. Os vinte e oito já passaram por mim e não fui nada disso. As gavetas que tinha inventado para arrumar o meu futuro continuam sem grande coisa lá dentro. Sobretudo aquela onde pensei que iria guardar as certezas.
4 comentários:
Se já passou dos vinte e oito. Se ainda não tem a vida organizada. Se ainda não casou. (E ainda não chegaram as rugas, claro está) Então deixe contacto para futuro preenchimento de gavetas.
lapidar. e unisexo, pelo que sei. e dá também para os trinta e os quarenta.
[e até dá para apanhar moscas. quer dizer, anónimos]
eu gosto de gavetas. perfumadas de alfazema. e de sonhos.
e eu gosto de desarrumar gavetas e voltar a arrumar tudo, inspirada no tetris e numa escala cromatica dregradé. Quando está tudo muito arrumadinho, desfruto dessa ordem milémtrica durante um tempo e depois volto a (des)arrumar. Nas gavetas como na vida...
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