18 julho 2007

E andamos nós muito contentes com as lâmpadas de baixo consumo da EDP....

Bem sei que o tema não é pacífico no blog, mas há que convir que o novo eixo de desenvolvimento económico e de alianças estratégias dos USA e da própria URSS está, cada vez mais, mais à frente, passe-se o pleonasmo.... Será que conseguimos mesmo imaginar o mundo que se avizinha onde a Velha Europa não passa de uma velha que, por boa educação, tem de se convidar para as festas e com quem a conversa não passa do "mais um cházinho tia?"

5 comentários:

Anónimo disse...

O problema que me preocupa é se ainda assim vamos continuar a ter dinheiro para o chá...

sete e pico disse...

Não me parece que conceber um mundo onde o poder esteja mais democraticamente exercido e representado vá retirar o papel que tem a Europa nos destinos do mundo, assim como os Estados Unidos e a Rússia. O que me parece é que não é nem justo nem aconselhável que se mantenha o predominio de poder por parte destes países, nomeadamente nas Nações Unidas, quando a ordem social do mundo já mudou visivelmente e os outros países devem deixar de ser considerados como de segunda, ou como não civilizados e ser tratado em equidade de condições e de oportunidades.

No fundo, fazendo aqui uma analogia ainda que talvez desajustada, é como a questão da igualdade entre homens e mulheres, não se trata do predominio de um ou uma sobre o outro ou outra, trata-se de nos aceitarmos com os mesmos direitos, com as nossas diferenças.

foi dançar a bossa nova disse...

Eu não tenho nenhum problema conceptual em deixar de considerar A B ou C como paises de segunda ou não civilizados. Pelo contrário. O que acho é que, justamente, a nova ordem social do mundo não se vai importar muito com a Europa. Estamos a falar de países com dimensões demográficas, territoriais e recursos naturais e/ou tecnológicos muito superiores aos nossos, onde a força de trabalho é abundante, qualificada e eficiente (se é bem paga ou não é outra questão) e que, sobretudo, estão a adoptar estratégias coerentes de desenvolvimento nacional e internacional. Tudo com a grande vantagem de não terem as politicas e politiquices comunitárias, que com tantos ao barulho cada vez vai ser mais complicado de gerir.
Entre os USA, o Brasil, a Àfrica do Sul (eventualmente mais um ou dois paíse africanos), a India, a China e a Austrália vemos cada vez mais pontos de contacto e de interligação (se há 10 anos atrás dissessem que a China queria entrar na OMC, toda a gente riria à gargalhada!).
Mostra a história que sempre houve uns a predominarem, umas vezes em detrimento, outras vezes a favor dos restantes. E isto dentro ou fora da Nações Unidas.
A questão é se nós, a Europa velha, estamos preparados para que o mundo novo nos aceite como somos na realidade.

sete e pico disse...

comprendo o que dizes bossa nova, mas não me parece que aquilo que somos seja de facto assim tão decrépito ou tão irrelevante para os destinos do mundo. É um facto que muitos dos países do mundo antes considerados como menos desenvolvidos têm tido enormes avanços e ainda bem. Mas problemas internos e polítiquices existem em todos os países desde o Brasil à Africa do Sul , aos EUA e à Europa.

O mundo muda e precisamos de encontrar agora novas formas de produzir e consumir energia, de distribuir o poder na ONU e de reformá-la. E aí a Europa continua a ter um papel fundamental, só que já não priveligiado.

Por isso, mais um cházinho tia? Não obrigada, venha de lá um copo de três e sentemo-nos a conversar..

foi dançar a bossa nova disse...

Alinho!!!