01 junho 2009

Comichão

A maneira como segura o garfo. A mania da arrumação. A gargalhada incompreensível. As descrições do dia que não interessam ao menino jesus. Foi assim que percebeu que o amor tinha chegado ao fim. De um dia para o outro, pequenos gestos e hábitos que antes a faziam sorrir transformaram-se em comichões no céu da boca. A comichão estendeu-se aos olhos, que dançavam nas órbitas à procura de alívio. Percebeu que estava tudo perdido quando mordeu a língua para não dizer o que pensava. Até ao dia em que disse.

5 comentários:

dizia ela baixinho disse...

ah tigre(sa)!

gerou-se a confusão natural disse...

É deveras difícil o dia-a-dia-a-dois! Ai... e mais não digo

na prise és bestial disse...

Diz diz diz!!!

sete e pico disse...

comichões no céu da boca é uma muito boa definição para embirro, o primeran devia inclui-la

não resistiu ao wiski disse...

até ao dia em que disse:
desaparece-me da frente que já nem te consigo ouvir respirar...
irra! chiça penico!

se ele há coisa que eu embirro é com a cojugalidade sim senhor!
amor amor casinhas à parte.

quem é que vai tomar banho primeiro?
o que fazemos para o jantar?
desgruda men..
porque amigas não há cu que aguente.....(passo a expressão como é obvio)