29 junho 2009

A brincar

E agora eu era tua escrava e velava o teu corpo adormecido à noite, decorava os rios das tuas veias, os ângulos e curvas das tuas colinas, numa silenciosa lição de geografia. E agora eu era tua escrava e servia-te o meu corpo ao jantar, o meu corpo em pedaços que são afinal todos teus e só por um estranho acaso estiveram à minha guarda durante estes anos. E agora eu era tua escrava e abandonava-me a ti para que me usasses como e quando quisesses, um tapete um objecto um bicho. E agora eu era tua escrava, abria-te o peito e lambia o teu coração até que ele não fosse nada mais do que uma bomba perfeita coberta pelo meu amor líquido por ti.

5 comentários:

Adriana Vargas joyas disse...

que bom brincar assim...

tumtum disse...

vai lá vai.. :))

(amei o texto!)

Anónimo disse...

E agora eu era tua escrava e deixava que me abrisses pequenos sulcos na carne para te vêr sorrir de prazer. E agora eu era tua escrava e deixava que me sorvesses as pequenas gotas de sangue misturadas com o suor e assim possuíres a minha alma, o meu corpo, a minha essência.

sem-se-ver disse...

e agora eu chegava aqui e ficava cheia de saudades pelos dias em que não pude vir

nove e tal disse...

genial!