Nas compras da semana, em que encho um carrinho de coisas que mando entregar em casa para poupar as costas e os braços à subida de 3 1/2 andares, incluí uma garrafa de meio litro da nova água formas luso. Queria ter uma garrafa para andar a transportar água na carteira e já agora experimentar essa novidade.
Esta manhã decidi prová-la. Desenrosco a tampa e engulo um bom bocado, esperando matar a sede que me caracteriza ao acordar. Ia vomitando; primeiro parecia ter piquinhos (coisa que odeio desde a laranjina C da minha infância à água das pedras que sempre me aconselham para os enjoos), depois percebi que por causa dos quilos de aroma de limão com que a encharcam (água encharcada? hum...) fica com o tal sabor adstringente que me pareceu gás ao acordar.
Leio o rótulo, única literatura que os meus neurónios ao acordar suportam, e descubro várias frases assustadoras:
- "Deve consumir-se na data de abertura"
(O que raio estará lá dentro que se estraga a fim de 24h?)
-"Não aconselhável a menores de 3 anos"
(se os menores de 3 não a devem beber, será boa para mim?)
- "1.3 Kcal"
hum... a água tem zero calorias... os gajos metem edulcorantes nesta água... se eu quiser água com açúcar ponho açúcar na água. Para que raio serve esta coisa?
- "Para sua segurança não reutilizar esta embalagem"
Ora, era exactamente este o uso que lhe ia dar. Se nem isso posso fazer, que venha a água da torneira e a maçã, como aconselha a Isabela.
5 comentários:
pois é , isto da água tem muito q se lhe diga. ainda este fim-de-semana passei-o encantada a beber uma água levíssima de uma fonte. a custo zero, ptt. e das coisas q ainda me dá gozo fazer (hábito de miúda q ainda não quebrei) é beber água directamente da torneira. comprar água parece-me um luxo desnecessário. a q a epal fornece não é de grande qualidade, mas serve p os gastos.
no verão passado, em itália, foi um verdadeiro suplício até atinar como deveria pedir a água certa (não gaseificada e de preferência da torneira): ali, é comum o consumo de água gaseificada a q chamam 'gasatta'. a sem ser gaseificada é 'naturalle'. ora, natural para mim é sinónimo de estar à temperatura ambiente.
outra coisa: não se bebe água da torneira em itália. a única opção é comprar água.
e até atinar com a 'acqua naturalle fredda' custou-me muitos meios litros de água gaseificada q tive q beber sem o querer. e tb pq ali não há 1/4 de água, vem logo aos meios litros. brutos...
e agora querem complicar aqui pq? é a globalização, damn it!
Tive exactamente esses pensamentos todos qdo vi uma garrafa dessas em casa da minha mãe.
Provei e detestei.
Quem quer água bebe água, quem quer sumos bebe sumos...
Ehehehe! Recordo-me perfeitamente do suplicío que passei em Itália a propósito da dita "aqua naturalle"... Mas em compensação não há lá "fontanna" que não tenha aqua "troppo buona per il consumo umano"! E se há país com fontes é aquele!
ai, ai, que saudades...
Bem, chego à conclusão que água água só se bebe em Portugal... Em Espanha, aquela falta de sódio na água (quem diria que eu gosto de sódio... ele há coisas...) mata-me. Convém lembrar levar água, se possível, de Portugal. Lembro-me que uma vez, tivémos de recorrer à famosa Evian, que afinal de melhor água do mundo, como dizem, também tem muito pouco. Já na Dinamarca, esse país em que supostamente toda a gente falava inglês, também gosta de vender água gaseificada. É que para mim, nem sumo com gás, quanto mais água! Tempos terríveis esses! Por isso acho muito acolhedor num café um jarro com água e uns copitos para quem quiser se servir sem incomodar ninguém. Gosto mesmo de água! E tenho muita pena que muitas vezes, quando vou comer a casa de alguém, quase que fiquem ofendidos quando respondo que para beber quero água, por favor. Até porque quase não bebo às refeições... Nem fora delas. Para mim, a água tem, de facto, sabor. Durante muitos anos, em casa dos meus pais, a água que se bebia era de uma fonte, que hpje diz-se que não é potável. Essa sim era a minha água favorita. Das águas que mais detesto é a Monchique: sendo algarvia, a minha mãe, recordo-me de pequena, regava as flores insistentemente sempre que o meu pai ia buscar água de Monchique. Era até a água acabar!
eu só não percebo porque é que as garrafas não podem ser reutilizadas...que maçada!
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