27 abril 2007

The Fallow Way


D. Blaufuks via sem-se-ver




I'll learn to love the fallow way
When winter draws the valley down
And stills the rivers in their storm
And freezes all the little brooks
Time when our steps slow to the song
Of falling flakes and crackling flames
When silver stars are high and still
Deep in the velvet of the night sky.

The crystal time the silence times
I'll learn to love their quietness
While deep beneath the glistening snow
The black earth dreams of violets
I'll learn to love the fallow way.

I'll learn to love the fallow way
When all my colors fade to white
And flying birds fold back their wings
Upon my anxious wonderings
The sun has slanted all her rays
Across the vast and harvest plains
My memories mingle in the dawn
I dream a joyful vagabonds.

The crystal times the silence times
I'll learn to love their quietness
When deep beneath the glistening snow
The black earth dreams in of violets
I'll learn to love the fallow times.

No drummer comes across the plains
To tell of triumph or of pain
No word far off battle's cry
To draw me out or draw me nigh
I'll learn to love the fallow way.

I'll learn to love the fallow way
And gather in the patient fruits
And after autumns blaze and burn
I'll know the full still, deep roots
That nothing seem to know or need.

That crack the ice in frozen ponds
And slumbering in winter's folds
Have dreams of green and blue and gold
I'll learn to love the fallow way
And listening for blossoming
Of my own heart once more in spring.

As sure as time, as sure as snow
As sure as moonlight, wind and stars
The fallow time will fall away
The sun will bring an April day
And I will yield to Summer's way.

Juddy Collins, The Fallow Way.

Para o meu pai, no dia em que faria 84 anos.

11 comentários:

Anónimo disse...

:)

muito linda a música p o pai.

8 e coisa 9 e tal disse...

p.s. com a ajuda da sem-se-ver, que teve a paciência e amabilidade de encontrar e disponibilizar esta música.

a ela, obrigada. :)

-pirata-vermelho- disse...

É uma cantiga inesperada...

como se fosse inefável.

-pirata-vermelho- disse...

(a sem-se-ver é decerto pessoa de um saber inefável)

sem-se-ver disse...

ohhhh caramba. fiquei tão comovida!
bolas!

ainda bem ainda bem ainda bem que a consciência me pesou e fui à procura e teimei com o mediafire e como ele não deu avancei pro outro e....

beijo imenso para ti.

8 e coisa 9 e tal disse...

:)

obrigada pirata, obrigada sem-se-ver.

(e encontrei uma foto perfeita p este post no teu blogue, já extemporaneamente. mas mais vale tarde...).

D. Ester disse...

os anos dos que já não estão cá são sempre tramados. um beijo.

Anónimo disse...

Ahhhhhhhh...... quase que o posso ver, passeando pela sala, mãos nos bolsos, o velho gravador de bobinas enchendo os espaços da casa com esta ou uma outra melodia, uma concentração no escutar a música que sabia a ritual, existia apenas o som e o encher-se dele. O resto eram meninos e meninas que espiavam o pai que assim escutava a música, de mãos nos bolsos, passeando-se pela sala.
Mais do que evocar os seus 84 anos, tenho para sempre os seus quase 51 anos ( curioso, os meus presentemente!)e o olhar brilhante com o qual nos anunciou pela manhã daquela quinta feira de Abril, " Há uma revolução em Lisboa".
Seremos para sempre meninos espiando o pai que se passeia pela sala, enchendo-se ele e todos nós destas memórias feitas de piano e voz.

L.

8 e coisa 9 e tal disse...

Luiz! :)))))


o velho gravador de bobinas... do que te lembraste (e a mim tb!).

e eu lembro-me de nessa manhã de Abril estar doente (das primeiras memórias q tenho, pq com quase 4 anos) e de por isso ter direito à televisão portátil q havia lá em casa. lembro-me tb do nosso pai sentado de mãos apoiadas no queixo a ouvir o q se passava na televisão(marchas militares) e da estranha concentração de pessoas no meu quarto. era a liberdade. depois piraram-se todos (os homens), e a casa estranhamente cheia...

fiquei muito comovida com as tuas lindas palavras-retrato.

o teu comentário salvou-me o dia.

obrigada e um beijo da mana amiga,

M.

gerou-se a confusão natural disse...

Parabéns ao pai que teve o condão de deixar memórias que se dizem com tais palavras. Beijos

8 e coisa 9 e tal disse...

:)
obrigada querida múltipla.
um beijo p ti.