Um dia entrou uma senhora ali no marquês do pombal, precisava que a levasse à Parede. No caminho explicou-me que o marido estava fora há mais de um mês, que ia buscar umas coisas a uma casa e que voltávamos a Lisboa. Esperei à porta de uma vivenda, mas olhe que era uma bruta vivenda, com uma empregada fardada que carregava caixotes que eu arrumei na mala do carro. Voltámos para Lisboa e a senhora perguntou-me se eu queria jantar com ela. Eu disse que sim, mas que não desligava o taxímetro, eu estava em serviço. Como eu ando sempre bem arranjado lá fomos jantar a um restaurante na linha do estoril, mas olhe que aquilo era coisa chique, conheciam-na por lá, tratavam-na por doutora e tudo. Depois do jantar a senhora perguntou-me se eu não queria ir até uma discoteca. Acabámos a resolver o assunto, afinal de contas era o que ela queria. Mas eu nunca desliguei o taxímetro.
3 comentários:
:DDD
isso é q é amor à profissão...
esta história é linda!!! mais um cromo para a caderneta.
Em cada viagem de taxi ganha-se mais um cromo. E alguns deles são muito raros.
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