17 abril 2007

O cúmulo da indisponibilidade*

Tinha uma amiga tão indisponível, mas tão indisponível, que para além do sinal de 'ocupado' no messenger, ainda tinha escrita a mensagem 'ausente' por baixo do nome.

*baseado numa história verídica.

7 comentários:

D. Ester disse...

enquanto o próprio do nome não for ausente há esperança :)

one woman disse...

Ele há gente assim... ano após ano a mesma indisponibilidade. Alguns mesmo, aos domingos até vão à missa, e professam-se católicos apostólicos romanos. Veja lá se não é um caso desses... Pode ser crónico :-)

8 e coisa 9 e tal disse...

no baile da d. ester, é isso mesmo, antes ausente q offline. :)

brisadomar, a bem da verdade, tenho-lhe a dizer q estes factos foram inspirados numa pessoa que, não obstante essas mensagens dissuasoras, é a pessoa mais disponível q até hoje conheci. paradoxos da vida...

D. Ester disse...

estou um pouco confusa. o que é que a (in)disponibilidade tem a ver com o catolicismo? Ser católico tem responsabilidades acrescidas? Ser muçulmano, judeu, ismaelita, hindu, maná ou ateu já nem por isso?

Anónimo disse...

Não faço ideia se nas outras religiões existem essas responsabilidades acrescidas, uma vez que apenas conheço a ponto de saber os seus preceitos com o mínimo de precisão e sem ser por via do conhecimento turistico-jornalístico, a igreja católica apotólica romana. E não me cabe falar do que não conheço. Talvez me caiba arranjar alguns alibis para a minha ignorância das demais religiões, mas não mais. Possuo alguns livros (mal lidos, incluindo o corão) mas as minhas capacidades exegéticas são deveras limitadas para ter a certeza do que professam nessa matéria. Herança do Estado Novo ou não, desfasada de um estado laico ou não, a verdade é que a visibilidade e credibilidade institucional (existe apenas uma Concordata publicada como tal em Diário da República) apenas tem tonado visível e vizinha a Igreja Católica. Por mais que eu ostasse de conhecer melhor a hindu (coisa que pelo que vejo, os hindus nem por isso facilitam) ou outras. Sim, eu sei que existe uma mesquita no Bairro Azul, em Lisboa, até conheço quem a projectou, assim como uma sinagoga, uma igreja adventista do sétimo dia e umas quantas igrejas manás, não sei se professando o mesmo maná, e um ror de igrejas universais, metodistas, luteranas, calvinistas, etc. Não sei o que lá se propaga. Se me autoriza, prefiro ficar calada sobre elas. Como a única leitura obrigatória dos cidadãos portugueses é o Diário da República (não sei se sabia, mas não pode invocar o seu desconhecimento) posso dizer-lhe que não há mais nenhuma Concordata e, portanto, mais nenhuma religião com peso institucional. Já para não falar nos evidências empíricas, que valem o que valem, de que encontrar um católico na blogosfera será várias vezes mais frequente do que um maometano, um hindu, etc.
Isto nada tem a ver com fundamentalismo, ok? Apenas com a realidade dos dias. Se me quiser ensinar o que diz alguma dessas religiões sobre o assunto, terei o máximo prazer em a escutar.

D. Ester disse...

cara brisa do mar (não sei se é m ou f, tanto me faz, mas brisa é no feminino)

o que me fez confusão foi associar a disponibilidade pessoal à prática da religião, em particular a católica. Quanto a ser mais frequente encontrar bloggers portugueses que sejam católicos por oposição a qualquer outra religião (coisa que aceito como verdadeira), eu atrever-me-ia a dizer que será ainda mais frequente encontrar bloggers ateus que católicos. Mas é apenas uma suposição minha, não baseada em qualquer estatistica oficial.

Estatísticas à parte, o que eu queria de facto frisar é que a disponibilidade para os outros não é de forma nenhuma moldada por credos, raça, género ou orientação sexual. Tipo a declaração dos direitos humanos, está a ver?

Poder-me-á dizer que estou errada, mas, vê, é precisamente aí que reside a riqueza das discussões. Gosto especialmente quando alguém põe o dedo no ar e diz "discordo". Ou talvez não.

Anónimo disse...

carissima 'd. ester'

f, graças a Deus :-D (um pouco de chauvinismo f. para começar a semana). Na realidade o meu comentário devia radicar nalgum trauma relacionado com o excesso de indisponibilidade de alguns/as amigos/as católicos/as. Um bocado injusto para eles/as, diga-se. O referido predicado da indisponibilidade é de facto de 'uso geral'. E também é verdade que a única correlação que detectei na vida nesta matéria nos meus círculos é que, quanto melhores pessoas, mais indisponíveis (ora bolas...)

E até acho que fui um pouco assertiva demais, pelo que peço desculpa.

Uma boa semana para si, com muita gente disponível (dizem que a Primavera faz milagres). :-)