25 julho 2006

LES UNS ET LES AUTRES, E O CORSO

Todos a dormirem a sesta ao mesmo tempo porque o corso era um gajo susceptível e não permitia barulho.
As reuniões eram intervaladas assim, o corso decidia e em dois minutos estavam todos a contar carneirinhos.
Dia após dia. Mas andava qualquer coisa no ar. O corso andava disperso e ausente, em reuniões secretas que levavam horas e para as quais nunca convocava nenhum elemento do staff.
As sestas passaram a escassear e na ausência dum hábito já tão vincado, áquela hora, ouvia-se bocejar em todos os corredores da empresa. Ninguém dizia nada, ninguém se atrevia a comentar o assunto porque todos sabiam que o corso era um gajo susceptível e orgulhoso. Até ao dia, em que no meio duma convocatória de urgência, um dos funcionários mais atrevidos e destemidos, um gajo forte, baixo de peito lançou para o ar a questão há muito entalada na garganta de todos.
- Sinto-me confuso. Estes festims já não são o que eram. O que se passa corso?
- Cala-te! - explodiu o corso agitando as mãos no ar. - Já vão perceber. Estou à espera de um telefonema importante. Vamos receber um novo sócio nesta casa. É da Córsega como eu. Alguém com quem a minha família travava um luta secular que agora finalmente se resolveu. Vão ser ditadas novas regras de conduta e em conjunto com a sesta vamos passar a ter sessões terapêuticas subordinadas às grandes correntes metafísicas e filosóficas que espero que venham a ser uma enorme benesse para todos.
Uma voz feminina ecoa na sala.
- A chamada que esperava Sr...
- Passe, passe...
Uma momento de pausa e depois a confirmação do outro lado da linha, outra voz feminina.
- Como está caro amigo?
- D Hermengarda! - o corso exibiu um sorriso de orelha a orelha. - Como folgo em ouvi-la minha cara senhora.
- Temos que ser rápidos hoje, caro amigo e conterrâneo. Já estou atrasadíssima para o meu cházinho que, como sabe, é impreterível que seja à hora combinada.

12 comentários:

Anónimo disse...

esse tipo é porreiro, é meu primo. sò q nao nos falamos vai para mais de 10 anos. chateàmo-nos.

Anónimo disse...

cheira-me a queijo

Anónimo disse...

perdi o 3º pedacinho de pão.

8 e coisa 9 e tal disse...

LAGO! LAGO! LAGO!

Anónimo disse...

agora lembrei-me de um belo caso da vida real. teria eu 13 ou 14 anos, a minha mãe estava a dar um jantar para uns amigos. Fez fondue de carne.

Falou-se de um jantar seguinte, e eu pensando que era o equivalente a fondue de queijo sugeri: "da próxima podiamos fazer uma orgia"

A cara dos convidados foi linda, a da minha mãe ainda mais. Na altura não percebi pq é que ninguém me explicou a piada.

Anónimo disse...

essa da orgia é linda... e a das sestas da empresa do corso também, fiquei em suspense até ao fim.. afinal a d hermengarda é uma revolucionária das condicções laborais...

beijinhos

Anónimo disse...

eu, que sou là da corsega, sou uma revolucionària das condiçoes metafisicas e existenciais e, de quando em quando, estas roçam as revoluçoes das condiçoes laborais.

no baile da d.ester
estava-se bem e animado
sem necessidade de intervalar
veio o pirata e perguntou
c'umé: isto è p encher ou p animar?!

(desculp'!)

Anónimo disse...

Giro.
Mas é que...
SEM DÚVIDA!
muintamuintagiro.

Anónimo disse...

o herr schultz não sei porquê faz-me lembrar um sr. ernesto que conheci em tempos. já estava olvidada. veio-me à memória. Porque é que o alzheimer só ataca quando não dá jeito?

Anónimo disse...

ò 'xor pirata...

a rimadela dada
nao s'olha métrica!

nao lhe disseram q eu sou da còrsega?
ai...

Anónimo disse...

esse soa a plágio...

Anónimo disse...

eu mando uma rimadela
ao pirata do caraças
o corsario nao gosta dela
e, olha, batatas!

esta melhor assim?!