27 julho 2006

Terminal

Cheguei de manhã muito cedo. Doía-me o corpo todo, as luzes da rua confundiam-se com a respiração dele ao meu lado. Só queria sair dali. Os meus ouvidos estavam cheios das horas paradas, o meu ombro tinha o peso do seu sono. A chegada seria uma vida nova para nós, prometeu antes da partida. Levantei-me, depositei a cabeça adormecida contra o vidro da janela. O que ele não sabia é que a chegada era o nosso fim.

Sem comentários: