Eu sou competitiva, não há qualquer espécie de dúvida. Mas mesmo quem não o seja gosta de ganhar. Não há nada a fazer, mesmo que se diga “ganhar ou perder é sempre desporto”, se ganharmos é melhor do que se perdermos.
No entanto, não dou saltos mortais quando ganho o que quer que seja. Mesmo que o windows lance fogos de artifício quando ganho uma partida de spider, eu não vou propriamente ligar às minhas amigas quando isso acontece.
“finalmente, consegui ganhar o spider com quatro naipes!” e elas, todas contentes, “sempre acreditámos em ti, continua!!”
Ou se ganhar as rifas dos bombeiros voluntários de alpiarça de baixo. Ou se for eleita administradora do condomínio. Ou se fizer o sudoku difícil da ultima folha do jornal.
Mesmo para a competitividade e sede de vitória existem limites. Ou não...
No outro dia vi um bocadinho dos globos de ouro. É um prémio dado pela revista Caras e SIC, em que os nomeados são votados pelos leitores da dita revista – o que, desde logo, faz com que não haja sufrágio universal, porque por muito que eu goste do Bernardo Sasseti não vou comprar a revista para votar no tipo. Mas ele lá estava na audiência a ver se pingava alguma coisa... adiante.
Ao ser-se escolhido entre quatro pelos leitores da supracitada revista faz de imediato perder qualquer alegria de reconhecimento pelos pares ou do público em geral, porque por muito que se esmifrem, a gente que compra a caras não é o público em geral.
E no entanto...
Vi duas pessoas a receberem prémios. E ambas exprimiam uma alegria no corpo e exaltação nas palavras que me surpreendeu. Ambos disseram “custou mas foi”. Ambos disseram “é bom ver o nosso trabalho reconhecido”.
Se de facto foram os leitores da revista a escolhê-los não consigo ver como possa isso ser uma alegria. São as mesmas pessoas que querem saber quem vai para a cama com quem, quem deu estalos a quem, quem se divorciou de quem, a quem morreu o pai, a mãe, o periquito ou o canário. São as pessoas que compram se houver fotografias de paparazzi, que querem saber quanto pesa e mede a filha da Catarina Furtado, se a Alexandra Lencastre tem distúrbios alimentares ou se a Maria Rueff se separou ou não do marido.
Qual é o gozo?! Finalmente o quê?!
No entanto, não dou saltos mortais quando ganho o que quer que seja. Mesmo que o windows lance fogos de artifício quando ganho uma partida de spider, eu não vou propriamente ligar às minhas amigas quando isso acontece.
“finalmente, consegui ganhar o spider com quatro naipes!” e elas, todas contentes, “sempre acreditámos em ti, continua!!”
Ou se ganhar as rifas dos bombeiros voluntários de alpiarça de baixo. Ou se for eleita administradora do condomínio. Ou se fizer o sudoku difícil da ultima folha do jornal.
Mesmo para a competitividade e sede de vitória existem limites. Ou não...
No outro dia vi um bocadinho dos globos de ouro. É um prémio dado pela revista Caras e SIC, em que os nomeados são votados pelos leitores da dita revista – o que, desde logo, faz com que não haja sufrágio universal, porque por muito que eu goste do Bernardo Sasseti não vou comprar a revista para votar no tipo. Mas ele lá estava na audiência a ver se pingava alguma coisa... adiante.
Ao ser-se escolhido entre quatro pelos leitores da supracitada revista faz de imediato perder qualquer alegria de reconhecimento pelos pares ou do público em geral, porque por muito que se esmifrem, a gente que compra a caras não é o público em geral.
E no entanto...
Vi duas pessoas a receberem prémios. E ambas exprimiam uma alegria no corpo e exaltação nas palavras que me surpreendeu. Ambos disseram “custou mas foi”. Ambos disseram “é bom ver o nosso trabalho reconhecido”.
Se de facto foram os leitores da revista a escolhê-los não consigo ver como possa isso ser uma alegria. São as mesmas pessoas que querem saber quem vai para a cama com quem, quem deu estalos a quem, quem se divorciou de quem, a quem morreu o pai, a mãe, o periquito ou o canário. São as pessoas que compram se houver fotografias de paparazzi, que querem saber quanto pesa e mede a filha da Catarina Furtado, se a Alexandra Lencastre tem distúrbios alimentares ou se a Maria Rueff se separou ou não do marido.
Qual é o gozo?! Finalmente o quê?!
4 comentários:
“Winning may not be everything, but losing has little to recommend it”. (Dianne Feinstein) ;)
Don't get me wrong. Eu compreendo que se fique contente por ganhar, mesmo que seja um globo de ouro. O que eu não entendo é tratar aquilo como se de um prémio nobel se tratasse.
Mas eu sou conhecida pelo meu feitio difícil. Afinal tenho personalidade multipla, o que é tramado... uns dias sou boa, outros sou má, outros assim assim (esses são os menos interessantes)
Vai ser de grande valia este teu post Minha jovem snhora!! Estava a procura de solução para uma redação da Universidadee me deparei com seus comentarios!! Eles iram me apioir daticamente para minha redação de agora pouco mais!! Bjussss!!
fabioasimon@gmail.com
folgo muito caro fabio. Já agora, n se esqueça de citar a fonte, pq senão ainda pode ser acusado de plágio...
Enviar um comentário