Há dias em que não nos apetece ver ninguém, falar com ninguém, ouvir ninguém. Mais – que ninguém nos veja, nem fale conosco nem nos oiça. Ficar assim, numa solidão completa cheia de secreta soberania.
E nessa solidão uma multidão de eus de dedo no ar, opinativos e afirmativos, querendo impor-se aos outros. Moderadora de mim mesma, das minhas diversas facetas e personalidades.
De vez em quando ganha alguém, mas o problema começa quando há empates técnicos. Quando se consegue ver as vantagens de algumas formas em relação às outras, mas mutuamente exclusivas. Necessário decidir. A qual deles se dá voz e corpo?
E nessa solidão uma multidão de eus de dedo no ar, opinativos e afirmativos, querendo impor-se aos outros. Moderadora de mim mesma, das minhas diversas facetas e personalidades.
De vez em quando ganha alguém, mas o problema começa quando há empates técnicos. Quando se consegue ver as vantagens de algumas formas em relação às outras, mas mutuamente exclusivas. Necessário decidir. A qual deles se dá voz e corpo?
3 comentários:
Eu tenho tantos dias assim... Será do caruncho? Metaforicamente falando, claro.
Será mesmo necessário decidir? Caso se pense que sim, pode-se fazer o que uma amiga recomenda: listas de prós e contras para cada uma das vozes. Comigo nunca resultou esta domesticação da dificuldade, mas aqui deixo a ideia.
conheci um rapaz tão sistemático tão sistemático, que para avaliar uma relação fez uma lista de prós e contras com factores de ponderação.... mas chegou à hora da verdade e fez o que lhe deu na veneta.
Não é o que fazemos todos? Apesar dos motivos racionais, há sempre aquele je ne sais quoi que nos faz decidir uma coisa, que perdia largamente na lista das vantagens e defeitos.
O unico cuidado que há a ter é depois de ter escolhido esquecer-se da lista; de outra forma não se consegue viver em pleno a decisão tomada. Seja ela qual for.
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